Justiça solicita exame de insanidade mental para homem que matou sogro em farmácia de Goiânia
Foi determinado que a mãe de Felipe Gabriel seja nomeada curadora no processo
A Justiça solicitou um exame de insanidade mental a Felipe Gabriel Jardim, preso após ser filmado atirando no sogro, de 62 anos, dentro de uma farmácia no Setor Bueno, em Goiânia. João do Rosário Leão, policial civil aposentado, chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.
O juiz Antônio Fernandes de Oliveira, da 4ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia apontou, na decisão, que o acusado possui Certificado de Registro de Arma de fogo, adquirido na condição de CAC – Colecionador, Atirador desportivo e Caçador. Para adquirir o certificado, Jardim precisou submeter um exame de aptidão psicológica, que atestou sua saúde mental.
O magistrado ressaltou, ainda, que o acusado era funcionário público e, por isso, necessitou passar por teste de aptidão física e mental antes de ser lotado na Secretaria Municipal de Mobilidade de Goiânia. “O Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Goiânia indica a necessidade da aptidão física e mental como requisitos básicos para o ingresso no serviço público”, disse.
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Com isso, Oliveira afirma não ter encontrado indícios de que a saúde mental de Gabriel, de 26 anos, estivesse comprometida na data do crime. No entanto, o exame ainda será feito, com o intuito de assegurar o contraditório e a ampla defesa do acusado.
Além disso, também foi determinado que a mãe de Felipe Gabriel seja nomeada curadora no processo. Apesar da denúncia por homicídio duplamente qualificado, e porte ilegal de arma, permanecer, será expedido um ofício à clínica de neuropsicologia que atendeu o acusado durante sua infância.
Em relação ao pedido da defesa para que a prisão preventiva de Felipe fosse revogada, o juiz informou que, para que isso aconteça, é necessária a realização do exame de insanidade mental. Uma audiência de instrução e julgamento foi marcada para 1º de dezembro.
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