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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Desvios fraudulentos

Operação da PF investiga desvios feitos por ex-gerente de agência do Banco do Brasil

Os policiais cumprem cumprem 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiânia, Quirinópolis, Itapirapuã e em Brasília (DF)

Postado em 6 de outubro de 2022 por Ícaro Gonçalves

Nesta quinta-feira (6/10), a Polícia Federal deflagrou uma operação envolvendo mais de 40 policiais federais com objetivo de apurar supostas fraudes e desvios de valores por parte de uma ex-gerente de agências do Banco do Brasil. Os crimes teriam ocorrido entre 2016 e 2020, em agências de Quirinópolis, Padre Bernardo e Itapirapuã, em Goiás.

Ao longo do dia, os policiais cumprem cumprem 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiânia, Quirinópolis, Itapirapuã e em Brasília (DF). Os mandados foram expedidos pela 11ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiânia.

Segundo a PF, correntistas das agências podem ter obtidos vantagens indevidas com prática criminosa. Auditoria interna revelou que entre os anos de 2016 e 2020 a ex-gerente teria praticado diversas operações financeiras irregulares, como saques em contas de clientes com o uso de senhas inválidas e agendamentos de pagamentos de boletos sem autorização expressa dos clientes.

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A investigada ainda teria cometido irregularidades em empréstimos bancários, como o deferimento de renegociações e de abatimentos negociais de mais de 80% do saldo devedor, além de diversas transações irregulares de transferências e de desvios de recursos de empréstimos e financiamentos bancários, fraudes e inúmeros débitos, sem autorização, em contas de clientes.

As investigações policiais culminaram com a quebra do sigilo bancário da investigada, onde ficou constatado que a indiciada identificava clientes em processo de renegociação de dívidas junto ao banco, para então, utilizando de poderes do cargo, aplicar uma taxa de desconto maior, contrariando normativos internos e, assim, desviar a diferença em benefício próprio, do marido e da empresa de seu cônjuge.

Além disso, apurou-se também que parte do dinheiro desviado retornava para outras contas dos próprios clientes, gerando a suspeita de participação por parte destes. O prejuízo causado ao banco gira em torno de 1,6 milhões de reais.

Os investigados poderão responder por participação em gestão fraudulenta e desvio de recursos de instituição financeira, podendo pegar mais de 10 anos de prisão.

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