O craque da seleção brasileira Neymar começa a ser julgado nesta segunda-feira (17/10) por possíveis irregularidades no decorrer de sua contratação pelo Barcelona, em 2013. O julgamento ocorre na Espanha e se condenado o jogador pode ter que pagar multa de 10 milhões de euros (cerca de R$ 51 milhões).

Quando ainda jogava no Santos, Neymar fechou acordo com o clube espanhol, sendo pagos 57,1 milhões de euros, 40 milhões para a família e 17,1 para o Santos. Mas a justiça espanhola calculou que a operação custou ao menos 83 milhões de euros (R$ 431 milhões).

À época, cerca de 40% dos direitos econômicos do jogador pertenciam ao DIS, um fundo de investimento esportivo que pertencia ao grupo brasileiro de supermercados Sonda. O fundo recebeu 6,8 milhões de euros dos 17,1 pagos oficialmente ao clube brasileiro.

Para o DIS, Neymar e mais tarde o Santos se aliaram para ocultar o valor real da operação por meio de outros contratos dos quais ficou de fora. Os representantes então entraram em uma ação na qual pede a restituição dos 35 milhões de euros que calcula ter perdido.

O Ministério Público acusa Neymar de crime de corrupção empresarial. Além da multa, os procuradores pedem a condenação de dois anos de prisão ao jogador.

Os advogados de Neymar afirmam que o jogador não cometeu crime e questionam se a Espanha tem competência lega para o caso.

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