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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Correções Salariais

Frentistas e donos de postos próximos a acordo sobre salário

Trabalhadores entraram em greve para reivindicar reajuste

Postado em 19 de outubro de 2022 por Redação

Por: Ícaro Gonçalves e Sabrina Vilela

Os frentistas e donos de postos de combustíveis de Goiânia estão próximos de chegar a um acordo sobre as correções salariais. Nesta segunda-feira, representantes do Sinpospetro-GO e do Sindiposto participaram de nova audiência por videoconferência, relativa ao processo de dissídio coletivo. Nesta terça,  na parte da tarde uma nova reunião foi realizada entre o Sindiposto e a Sinpospetro na tentativa de acordo.

Durante a audiência de segunda, as partes discutiram os termos da contraproposta apresentada pelo sindicato dos frentistas, que pede reajuste salarial para a categoria e outros benefícios, após a proposta apresentada pelo Sindiposto ter sido rejeitada pelos trabalhadores em assembleia da categoria realizada no dia 11 de outubro.

Segundo o gerente do Sinpospetro-GO, Carlos Pereira da Silva, os representantes dos postos de combustíveis haviam apresentado a proposta inicial de reajuste de 15%, mais uma cesta básica de R$ 184. Em assembleia, o projeto de reajuste não foi aceito pelos trabalhadores. Os frentistas então fizeram uma contraproposta de reajuste em 21,42% com uma cesta básica de R$ 220, mais valores retroativos.

Na tentativa de obter uma solução negociada do conflito, o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-18) Geraldo Nascimento se reuniu separadamente com as partes, e fez uma proposta intermediária de reajuste em 20%, dividida em três vezes. Diante da necessidade dos sindicatos patronal e profissional consultarem as suas bases, o vice-presidente propôs uma nova audiência conciliatória, que foi marcada para o dia 28 de outubro, às 9 horas.

“Acredito que vamos chegar a um consenso. Vamos começar hoje uma nova rodada de negociação para discutirmos isso”, disse Carlos Pereira ao O Hoje. Os frentistas em Goiás buscam reajustes salariais para fechar os termos da Convenção Coletiva de Trabalho, englobando as correções salariais dos períodos de 2020-2021, 2021-2022 e 2022-2023.

O presidente do Sindiposto, Márcio Andrade afirma que na primeira audiência o juiz remarcou uma nova audiência para uma nova conversa com o Sindiposto e Sinpopestro. “Temos debatido as propostas e tentar com máximo esforço chegar a um acordo com ambas as partes. Acredito que está caminhando para que haja um acordo”, declarou. 

Para ele, a falta de flexibilidade na negociação por parte do Sinpopestro tem dificultado a negociação. “Eles não têm aberto mão de todas as propostas que têm feito para nós. Não tem tido flexibilidade de abrir mão e isso tem dificultado a negociação”. Apesar da dificuldade apontada pelo presidente, a expectativa é que seja feita uma negociação o mais rápido possível. 

Sobre a greve, o presidente afirma que ela não aconteceu efetivamente, apenas uma mobilização. Ele afirma que não houve transtorno para o consumidor ou para o posto no sentido de ter dificuldade em manter o funcionamento normal. 

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia do Consumidor (DECON), em conjunto com o Procon Goiás e equipes da Rotam e do Corpo de Bombeiros, participou de operação, em setembro, que fiscaliza postos de combustíveis para apurar o aumento recente ocorrido nos preços da gasolina comum e do etanol, para entender se há atitude abusiva em relação ao consumidor.

A operação foi realizada uma semana após o aumento de combustíveis nos postos da cidade, que segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), se deu por conta das fortes reduções de preço e do ICMS e os postos precisaram fazer uma reposição da margem de lucro.

A investigação ocorreu após uma paralisação de frentistas, movimento que começou no posto de combustíveis da Avenida 136, em Goiânia, e se estendeu a outros postos. A categoria, através do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sinpospetro-GO), afirma não receber reajustes a cerca de três anos. Na época, Márcio Andrade, afirmou que o sindicato não interfere na decisão dos proprietários de postos em relação ao valor dos combustíveis praticado pelos empresários do setor. (Especial para O Hoje)

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