Policiais e bombeiros são denunciados por abordagem que resultou na morte de comerciante em Trindade
Esta denúncia ainda não foi recebida pela Justiça Militar, por isso, consta pendente de juízo de admissibilidade pela Auditoria Militar
O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu, no último (13/10), denúncia contra 10 policiais e 2 bombeiros pelos crimes militares cometidos na abordagem ao comerciante Wilker Darkcian Camargo, morto em Trindade, em dezembro do ano passado. Parte dos policiais já havia sido denunciada na Justiça comum, em março deste ano, pelo crime de homicídio qualificado. (Veja o vídeo da ação no final)
No âmbito militar, a 6ª Promotoria de Justiça de Trindade e o Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) denunciaram os policiais militares Alexsander de Carvalho Gonçalves, Denis Rubens de Queiroz, Carlos Antônio Tavares, Reinaldo Quirino Bueno, Sidney de Souza Carneiro, Alexandre Jesus Vargas, Wellington Alves de Oliveira, Elias Cunha Carvalho, José Venício Mendes da Silva e José Wilson Louça Rodrigues de Menezes, bem como os bombeiros militares Alysson da Silva de Lima e Antônio Carlos de Carvalho.
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Sobre o caso
Na ação penal militar consta que, dias antes da morte de Wilker Darkcian Camargo, os policiais militares Alexsander Gonçalves e Denis de Queiroz receberam notícia de que a vítima estaria envolvida com tráfico de drogas. Para apurar tal denúncia, foram realizadas diversas atividades pela equipe policial que resultaram em infrações penais militares.
Além disso, foi apurado na ação que no dia 7 de dezembro de 2021, os policiais militares Carlos Antônio Tavares, Reinaldo Ribeiro, Sidney Carneiro e Alexandre Vargas, sob o comando do superior hierárquico Alexsander Gonçalves, invadiram ilegalmente a casa de Wilker Camargo, comentando o crime de abuso de autoridade ao invadir o imóvel sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei.
No período entre 7 e 10 de dezembro de 2021, Alexsander Gonçalves e Denis Rubens de Queiroz teriam adulterado e utilizado placa em viatura policial descaracterizada sem autorização, segundo consta no documento.
Morte do comerciante
Na ação penal militar, Alexsander Gonçalves, Wellington de Oliveira, Elias Carvalho, José Venício da Silva e José Wilson de Menezes foram ainda denunciados por alterarem a cena do crime por inserir um revólver calibre 32 e 3 estojos com balas já detonadas.
Esta ação foi praticada no dia 10 de dezembro de 2021, durante a ação policial que resultou na morte de Wilker. Nesta situação, foi averiguado que os policiais mudaram o curso do processo de investigação com o fim de se isentarem da culpa.
Sem socorro
Por fim, os bombeiros militares Alysson de Lima e Antônio Carlos de Carvalho foram denunciados por deixarem de prestar o devido socorro a Wilker Camargo, em 10 de dezembro de 2021. Responsáveis pelo atendimento da vítima após ter sido atingida por projéteis de armas durante a ação policial, ambos incorreram em omissão de socorro.
Esta denúncia ainda não foi recebida pela Justiça Militar, por isso, consta pendente de juízo de admissibilidade pela Auditoria Militar.
Cinco policiais já haviam sido denunciados na Justiça Comum pela morte do comerciante
pelo homicídio da vítima, os policiais militares Alexsander Gonçalves, Wellington de Oliveira, Elias Carvalho, José Venício da Silva e José Wilson de Menezes foram denunciados, em março deste ano, por homicídio qualificado, o que dificultou a defesa da vítima.
Veja o vídeo da abordagem dos policias que resultaram na morte do comerciante: