Márcio Corrêa pode assumir cadeira na Câmara com indicação do MDB para secretaria
Deputado federal eleito pelo partido, Célio Silveira defende representatividade do colega para que ele possa disputar a prefeitura de Anápolis em 2024
Francisco Costa e Wilson Silvestre
Márcio Corrêa (MDB) é o primeiro suplente do MDB na Câmara Federal. Com o destaque, as informações de bastidores são que Daniel Vilela, presidente do MDB e vice do governador eleito Ronaldo Caiado (União Brasil), indique o deputado federal – também reeleito – Célio Silveira (MDB) para alguma pasta a fim de garantir a subida do colega emedebista.
Ao Jornal O Hoje, Célio disse que ainda não conversou com Daniel ou Caiado sobre o assunto. Ele, porém, admite que pensaria na questão, a depender da pasta. “Temos que ouvir qual seria a proposta, qual secretaria… Se for algo que nos chame a atenção, que seja bom para o nosso projeto, para o partido, para o Estado…”, avalia o congressista.
Vale lembrar, Célio teve mais de 92 mil votos. Foi o oitavo deputado federal eleito com maior número de votos no Estado. O partido elegeu, também, Marussa Boldrin (MDB) com cerca de 80 mil confirmações na urna.
Márcio teve cerca de 60 mil. Teve mais votos que os três últimos colocados que assumirão cadeira: Jeferson Rodrigues (Republicanos), 56.026; Dr. Ismael Alexandrino (PSD), 54.791 votos; e Lêda Borges (PSDB), 51.346 votos.
Diante dos números, na avaliação de Silveira, “o partido agora precisa somar todas as forças para ele [Márcio] ter representatividade. Seja para uma secretaria ou pelo mandato de deputado federal”. Ele afirma que essa visibilidade será muito importante para que o emedebista dispute a prefeitura de Anápolis em 2024.
Márcio é presidente do MDB em Anápolis e disputou a prefeitura da cidade em 2020. Naquele ano terminou em terceiro, atrás do prefeito reeleito Roberto Naves (PP) e do deputado estadual Antônio Gomide (PT). “É jovem, tem prestígio. Foi o mais votado em Anápolis nesta eleição”, argumenta Célio.
Entorno
O deputado federal também falou sobre o entorno do Distrito Federal. Além dele, que é de Luziânia, a região elegeu para a Câmara Federal Lêda Borges. Para ele, a hora de assumir protagonismo.
“O entorno, pelo potencial de votos que tem, pela grandeza da região, deve cada dia mais assumir cargos de destaque na política goiana. Inclusive, passou da hora de ter um governador ou vice, senador…”, prevê para um futuro próximo.
Para isso, ele afirma que os políticos do entorno precisam se unir. “É preciso haver uma união de forças para ter mais representatividade no cenário goiano”, defende.
Destaca-se, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) também teve eleitos do entorno: seis ao todo. São dois de Luziânia, Wilde Cambão (PSD) e Cristóvão Tormin (Patriota); dois de Valparaíso de Goiás, Quirino (Republicanos) e Zeli (PRTB); um de Santo Antônio do Descoberto; e um de Águas Lindas de Goiás, Anderson Teodoro (Avante).
E vale citar, a região concentra ativo eleitoral próximo a 800 mil. É algo que não deve ser ignorado na partilha de poder.