Após ser acusada de gordofobia, Taylor Swift edita vídeoclipe de ‘Anti-Hero’
Após severos usuários e críticos apontarem gordofobia em uma das cenas do vídeo, a artista acabou editando o material na Apple Music, nesta quarta-feira (26/10).
Em poucas semanas de estreia, o álbum ‘Midnights‘ de autoria da cantora Taylor Swift, trouxe discussões polêmicas acerca do clipe “Anti-Hero‘. Após severos usuários e críticos apontarem gordofobia em uma das cenas do vídeo, a artista acabou editando o material na Apple Music, nesta quarta-feira (26/10).
A parte que causou controvérsias é quando Swift sobe em cima de uma balança e depara com a palavra “gorda” indicada no ponteiro de gordura corporal. Logo em seguida, o alter ego, isto é, a versão malvada da cantora, aparece desaprovando o seu peso, enquanto o reflexo de Taylor aparece culpada e decepcionada devido a sua aparência atual.
Dentre diversos colunistas que apontaram a problemática da obra, a colunista da revista adolescente Teen Vogue, Catherine Mhoyli, escreveu um artigo de opinião e questionou o motivo da cena ter sido usada como um “medo” de se tornar gorda.
“Este alter ego, o ‘anti-herói’, é uma voz na cabeça [de Swift] que antagoniza, insulta e atormenta com pensamento intrusivos. Esse anti-herói existe dentro de sua cabeça e a convence de que ela é ‘gorda’ e, como não há mais exploração, a gordura neste momento é essencial equiparada ao fracasso”, pontuou.
“O que Taylor não percebe é que essa mesma voz existe para pessoas gordas, mas não está em nossas cabeças […]. O lembrete constante de que o medo de ser gordo é o que mantém uma pessoa magra acordada durante a noite”, opinou. “Ao ter a palavra ‘gordura’ aparecendo na balança, ela [Taylor] fez uma escolha de nomear explicitamente seu demônio, o medo de ser chamada de gorda, que é a gordofobia em seu sentido mais literal”, finalizou.
No entanto, a cena interpretada pela a compositora não parece fazer ligações com questões gordofóbicas, e sim pelos “demônios” e traumas relacionados à distúrbios alimentares que Taylor enfrentou no passado.
“Minha relação com a comida era exatamente a mesma visão psicológica que eu apliquei a todo resto na minha vida: se me davam um tapinha na cabeça, eu registrava isso como bom. Se me davam uma punição, eu registrava isso como ruim”, desabafou.
A cena foi editada apenas na plataforma da Apple, já que no Youtube o vídeo continua com a versão original e até o momento, obtém 33 milhões visualizações.