O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
PublicidadePublicidade
Eleições

Promotores do Trabalho combatem casos de assédio eleitoral em Aragarças e Mozarlândia

Foi expedida uma notificação para a Câmara de Aragarças e realizada uma audiência com representantes da Prefeitura de Mozarlândia

Postado em 27 de outubro de 2022 por Ícaro Gonçalves

O Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) atuou nesta semana no combate ao assédio moral eleitoral em dois municípios goianos, após denúncias de que servidores públicos estagiam coagindo subordinados a votar em determinado candidato a presidente da República.

Um dos casos ocorreu na Câmara de Vereadores de Aragarças, em que foi informado ao MPT suposto crime de coação eleitoral. Foi então expedida uma notificação recomendatória à casa legislativa, para que cumprisse cinco condutas e comprovasse que tomou medidas para esclarecer sobre a liberdade do voto.

Após o recebimento da notificação, a Câmara apresentou comprovações que visaram ao atendimento às orientações e negou a prática de qualquer tipo de intimidação contra aqueles que, de alguma maneira, têm vínculo de trabalho com a Câmara.

O segundo relato de assédio ocorreu em Mozarlândia, em que um prestador de serviços da cidade encaminhou um áudio a grupo de aplicativo integrado por servidores do município. Nele, o prestador de serviços, em tom de ameaça, dizia que os servidores deveriam votar em determinado candidato, sob pena de sofrerem consequências como demissão, perseguição, entre outras.

O MPT realizou audiência com representantes da administração da cidade e ficou estabelecido que a prefeitura se retrataria formalmente, utilizando os mesmos meios e outros mais abrangentes, para informar a todos os trabalhadores da ilegalidade de se constranger alguém a votar em determinado candidato, bem como afastar qualquer receio dos trabalhadores de exercerem sua liberdade política – o que foi prontamente atendido pela administração.

Leia também: “Assédio eleitoral é crime e será punido”, diz Moraes sobre pressão de empresários em funcionários

Casos de assédio

Desde o primeiro turno das eleições, diversos casos de assédio eleitoral foram registrados pela Justiça Eleitoral, tanto em órgãos públicos quanto em empresas privadas.

Na terça-feira (18/10), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, reforçou que o assédio eleitoral no ambiente de trabalho é crime e será combatido pela Justiça Eleitoral nas eleições.

Durante sessão do TSE, Moraes informou que se reuniu com representantes do Ministério Público Eleitoral (MPE) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) para tratar do combate ao assédio de empresas a funcionários para induzir o voto em determinados candidatos.

Segundo Moraes, o assédio está ocorrendo pelas redes sociais, por meio de ameaças de demissão, declarações sobre fechamento após as eleições, além de casos de tentativa de retenção de documentos.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também