Amoêdo diz que Novo quer a expulsão dele por declarar voto
Após a minha declaração de voto, sofri ataques do partido, de alguns mandatários e do presidente da instituição
O Novo, assumidamente um partido liberal, quer expulsar o fundador e ex-presidente da sigla João Amoêdo por ter declarado voto em Lula (PT). A informação é do próprio Amoêdo.
Pelo Twitter, na quinta-feira (27), ele disse que recebeu com “surpresa e indignação” a suspensão da filiação e o pedido de expulsão “por ter declarado o voto em Lula no segundo turno”. “A Comissão de Ética Partidária, por 4 votos a 3, aprovou a suspensão e me concedeu 10 dias para apresentar a defesa no processo de expulsão. Três dos quatro membros que votaram pela minha suspensão foram incorporados à Comissão de Ética nas duas últimas semanas”, escreveu.
Ainda segundo ele, os quatro que votaram pela expulsão declararam voto em Bolsonaro (PL) no segundo e um deles é coordenador estadual da campanha do presidente. Na publicação, ele lembrou que o partido, ao fim do primeiro turno, disse que não se posicionaria e que os filiados poderiam votar livremente.
“Desde março de 2020, quando renunciei à Presidência do NOVO, não exerço qualquer cargo no partido, sendo apenas filiado. Faço questão de frisar, em todas as entrevistas e declarações, que minha opinião não representa o pensamento oficial do partido. Após a minha declaração de voto, sofri ataques do partido, de alguns mandatários e do presidente da instituição. Esses são os fatos”, explicou.
Para ele, o ato do partido é um “movimento arquitetado para constranger outros filiados do Novo a não declararem os seus votos”. Por fim, Amoêdo afirma que apresentou a defesa no Comitê de Ética e que tomará todas as medidas jurídicas adequadas. Ele ainda reafirmou o voto no petista.
O Jornal O Hoje não conseguiu contato com o Novo. O espaço segue aberto.