A Enel Goiás pode enfrentar um processo administrativo instaurado pelo Procon Goiás após a resposta da concessionária a respeito da suspensão das atividades no estado ser considerada ‘insatisfatória’. O documento solicitado foi entregue ao Procon na última quarta-feira (26) e deveria esclarecer fatos sobre denúncia de paralisação dos serviços de manutenção e obras.

Caso o Processo Administrativo Sancionatório instaurado comprove má prestação de serviço, a concessionária poderá ser multada em até R$ 11,3 milhões. Segundo o superintendente do Procon, Levy Rafael Cornélio, a empresa não apresentou provas contrárias à paralisação dos serviços de manutenção e obras, também como não arrolou no documento relatórios e cronogramas referentes à execução de obras e à transição da gestão para a empresa Equatorial.

Levy afirma que a empresa assume uma postura negligente, uma vez que se nega a prestar satisfações para o consumidor goiano, que já foi muito prejudicado pela má prestação de serviço. “A Enel figura, recorrentemente, no topo dos rankings de reclamações que divulgamos mensalmente nos nossos canais de comunicação. É uma das empresas com o maior número de reclamações, relacionadas principalmente à interrupção do fornecimento de energia, que gera prejuízos inestimáveis para os consumidores”, comenta.

Levy acrescenta que a preocupação com a prestação de serviço aumenta sobretudo durante o período chuvoso. “No período chuvoso, a situação é mais crítica ainda porque consumidores como produtores rurais, por exemplo, chegam a ficar dias sem luz. O consumidor não pode ficar refém”, diz.

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Resposta apresentada

No documento apresentado ao Procon Goiás na quarta-feira (26), a Enel informou que “em nenhum momento desmobilizou as operações em sua área de concessão”. Informou ainda que conta com cerca de “1.300 equipes atuando em campo nos atendimentos emergenciais, mesmo quantitativo que tinha disponível no ano passado nesta função”.

A empresa alega que não houve suspensão do plano de manutenção e obras, mas que no período chuvoso, característico dos meses finais do ano, entra em ação o chamado Plano Verão, quando a distribuidora “tradicionalmente prioriza as atividade de emergência em campo.

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