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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Coleta de dados

Investigação sobre acidente de avião que matou Marília Mendonça chega à reta final

Família processa Cemig e afirma que empresa deveria ter sinalizado a presença dos cabos

Postado em 5 de novembro de 2022 por Mariana Fernandes

Um ano após a morte da cantora Marília Mendonça, as investigações sobre o acidente que matou a artista chegam à sua fase final. Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, a coleta de dados e as pesquisas sobre o acidente já foram concluídas, e o que resta é a produção do relatório sobre o caso.

A última etapa da investigação da Cenipa, envolve agora, a discussão e a redação de um documento com novas recomendações de segurança. De acordo com o órgão, seu objetivo não é atribuir responsabilidade ou culpa, mas ajudar a evitar que novos acidentes se repitam. Nesta sexta-feira, a Polícia Civil de Minas Gerais afirmou aguardar o documento para concluir a sua investigação.

Foto: Divulgação

Acidente

Há um ano, a aeronave que levava Marília Mendonça e outras quatro pessoas para o aeroporto de Caratinga caiu após colidir com um cabo da Companhia de Energia de Minas Gerais (Cemig). Todos dentro do bimotor morreram.

A Polícia Civil de Minas Gerais, em coletiva nesta sexta-feira (4), afirmou que o acidente aconteceu após o piloto da aeronave Geraldo Medeiros não ter seguido o padrão de pouso do aeródromo.

“O que a gente sabe mediante depoimentos feitos é que o piloto não fez a manobra que se esperava, ele saiu da zona de proteção do aeródromo” afirmou o delegado Ivan Lopes, que disse ter falado com pilotos que aterrissaram no aeroporto no mesmo dia.

“Não há uma obrigatoriedade de pousar nessa forma padrão, mas, quando ele sai dessa zona de proteção do aeródromo, é por conta e risco dele. Ele se afastou muito, veio muito baixo e se chocou”, completou.

Nenhum problema técnico foi relatado pelo piloto ao longo do voo. Ainda de acordo com o delegado, a Cemig não estava obrigada a sinalizar a existência dos cabos de energia, por estarem além da zona de proteção do aeródromo, delimitada por um raio de três quilômetros.

A torre que causou a queda do avião continua no mesmo local. A Cemig informou que as instalações estão de “acordo com as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor”, não existindo necessidade de alteração. A estatal reafirmou ainda que não há necessidade de sinalização específica no caso.

Veja também: Tributo à Marília Mendonça é adiado em Goiânia

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