Após nova tentativa de adiamento, acusados do assassinato de Valério Luiz irão a júri popular
Além de Maurício Sampaio, serão julgados Urbano de Carvalho Malta, Marcos Vinícius Pereira, Djalma Gomes da Silva e Ademá Figueiredo Aguiar Silva
Está marcado para esta segunda-feira (7/11) o início do júri popular que julgará os acusados de mandar matar o radialista Valério Luiz, crime ocorrido em 5 de julho de 2012. O julgamento de Maurício Sampaio e outros quatro réus terá início às 8h30, no Plenário do Tribunal de Justiça de Goiás, após mais de 10 anos de espera.
Neste fim de semana, a defesa de Maurício tentou, mais uma vez, uma manobra para adiar o julgamento. Os advogados do réu pediram a transferência do julgamento para uma comarca do interior goiano, com pedido protocolado no sábado (5).
Em seu perfil no Twitter, Valério Luiz Filho expressou indignação pelo pedido da defesa, afirmando ainda que Maurício teria solicitado um habeas corpus preventivo.
Além de Maurício, serão julgados Urbano de Carvalho Malta, Marcos Vinícius Pereira, Djalma Gomes da Silva e Ademá Figueiredo Aguiar Silva.
Adiamentos
Após os promotores do Ministério Público de Goiás oferecerem as denúncias ao Poder Judiciário em fevereiro de 2013, os réus recorreram com recursos que chegaram ao STJ e STF, instâncias que confirmaram a pronúncia. O júri, então, foi marcado para junho de 2020, mas em razão da pandemia, foi adiado para 14 de março de 2022.
No entanto, no dia 14 de março, o advogado que representava Maurício Sampaio desistiu da defesa e, sem um defensor constituído no processo, ele não poderia ser julgado. Por isso, o juiz Lourival adiou o júri para 2 de maio. Nesta data, contudo, os advogados de Maurício Sampaio abandonaram a sessão.
Uma nova data foi agendada para o dia 14 de junho, mas um jurado passou mal no segundo dia de julgamento e, como ele deixou o hotel para procurar atendimento médico sem comunicar o oficial de justiça, o juiz, mais uma vez, precisou suspender o júri. Para evitar qualquer problema, como no júri anterior, o juiz Lourival Machado determinou que dois oficiais e um policial militar permaneçam no hotel com os sorteados para participar do julgamento.