O boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado na última quinta-feira,10, sinalizou alerta para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com resultado laboratorial positivo para Sars-CoV-2 (Covid-19). Os estados que estão com maior índice são Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. 

O coordenador do boletim, Marcelo Gomes, conta que ainda não é possível afirmar se o aumento de casos está diretamente relacionado com a identificação de outras variantes encontradas em outros locais do país. Para ele, algo que pode ter contribuído é o pico entre os meses de maio e junho deste ano. 

Ainda de acordo com o boletim, a tendência é os casos aumentarem em quem está na faixa etária de 18 anos. Com exceção no Rio Grande do Sul que está na faixa de pessoas acima de 60 anos. 

Dados regionais 

Em Goiás,  até a última divulgação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás foram registrados 27.592 óbitos confirmados de Covid-19. O que representa uma taxa de letalidade de 1,59%. Existem 75 óbitos suspeitos que estão em investigação. 

Com relação às doses aplicadas, a pasta afirma que são 5.887.374 doses das vacinas contra a Covid-19 aplicadas no estado. Já a segunda dose e a dose única, foram vacinadas 5.308.725 pessoas, e 2.714.155 pessoas já receberam a dose de reforço. 

No que se refere a crianças com idades entre 5 e 11 anos, 56,80% já receberam uma dose da vacina. Esses dados são preliminares e coletados junto ao Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), do Ministério da Saúde.

Goiânia está entre as 12 capitais dentre as 27 que estão com crescimento moderado de casos da doença. As outras são Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Teresina (PI). 

Boletim

Pesquisador da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes afirma por meio de um vídeo divulgado que observa a manutenção dessa tendência de aumento nos quatro estados. Os dados de resultado laboratorial referentes aos casos das semanas mais recentes são dados ainda muito parciais, ou seja, ainda incompletos com relação ao cenário recente. E ainda assim foi possível observar essa tendência de internações por problemas respiratórios com o resultado laboratorial positivo para Covid-19, conforme afirma o pesquisador. 

“Agora é esperar que nas próximas semanas, para que a gente tenha atualizações referentes a essas semanas anteriores e que na verdade se mostrem ainda maiores do que os presentes na atualização da última semana. É importante que a vigilância esteja bem atenta, que as notificações sejam oportunas para que a gente possa acompanhar de maneira mais adequada possível essa mudança de cenário”. 

Sobre as sublinhagens, ele afirma que é importante aguardar o resultado do sequenciamento genômico das amostras mais recentes para ter um cenário mais claro com relação a isso. Contudo, ele salienta que a tendência será conviver com cerca de dois picos da doença e é uma enfermidade em que ainda está em processo de aprendizagem por parte de todos.