O episódio dessa semana do ‘Papo Xadrez’ ocorreu com a modelo plus size Bibi Tomais. Gabrielle, como também é conhecida, começou sua carreira de forma independente, usando apenas seus perfis nas redes sociais, e hoje já estampa grandes campanhas de circulação nacional. Sendo um dos poucos corpos fora do padrão da indústria da moda que conseguiram esse espaço, ela serve como referência para muitos e muitas. O episódio transmitido na segunda-feira (14) segue disponível pelo canal do YouTube ‘Papo Xadrez’. 

Bibi conta que o início da vida como influenciadora foi consequência dos trabalhos como modelo. A primeira oportunidade veio através da tia: uma marca precisava de modelos para as fotos de publicidade e ela aceitou. “Vamos ver no que vai dar”, ela conta. Esse primeiro trabalho veio num momento em que ela havia pausado a graduação em educação física. “Eu tinha vindo de uma fase que eu tinha acabado de engordar muito, e eu não achava roupa em lugar nenhum”, resume o timing perfeito da carreira de modelo.

Com alguma dedicação em cima dessa primeira oportunidade, logo outros trabalhos começaram a aparecer. “Foi muito rápido, muito cliente vindo atrás”, compartilha a empolgação inicial. Hoje Bibi tem clientes em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Recife e a expectativa é só de crescimento dessa rede profissional. Falando da rotina de trabalho, que conta com o apoio da família, ela diz que: “não me vejo fazendo outra coisa”.

A partir do momento em que ela ganha mais visibilidade, Bibi vê que seu cotidiano conversa com a realidade de muita gente. “Antes não usava roupa assim, agora eu uso sempre porque você foi mostrando que eu posso usar sem medo”, compartilha relato de uma seguidora que lutava com as mesmas inseguranças da modelo. Os discursos de Bibi representam mais do que um mercado inexplorado, mas passa por um lugar de aceitação de si que a modelo jamais esperou alcançar.  

A influenciadora conta que no início da carreira não haviam tantas lojas especializadas na moda plus size, mas hoje, depois que essa parcela se fez mais ouvida, existe uma maior variedade para todos os tipos de corpos. Bibi conta inclusive que, entre seus clientes, existem aqueles que “faziam o tamanho menor, aí começaram a fazer os dois, via que estava tendo mais demanda do plus, e deixavam o tamanho menor”. Esse processo de aceitação passa pela aceitação comercial, mas não para por aí.

Na voz dos apresentadores

A apresentadora Ananda Leonel fala da importância do trabalho de Bibi, como modelo e influenciadora, para o processo de aceitação de muitas mulheres. “Pode parecer uma coisa simples, mas ter a coragem de usar um cropped, por exemplo, pode ser algo transformador para muitas mulheres”, resume falando do papel que Bibi acabou assumindo para muitas de suas seguidoras. “É fundamental mostrar não apenas pro mundo da moda mas também para as pessoas do nosso cotidiano que existe sim beleza em todos os corpos”, conclui.  

Felipe Cardoso, também no comando da bancada do ‘Papo Xadrez’, fala do movimento que existe na indústria fashion. “Na fala da própria Bibi já dá pra percebermos que muitas marcas enxergaram algo que antes não era visto”, o apresentador conta do aumento de empresas que trabalham com os modelos plus size. “Se em quatro ou cinco anos de atuação como modelo ela já percebeu esse aumento, imagine esse movimento se prolongando por décadas…”, finaliza esperançoso por um mercado mais diverso.

Nos últimos episódios 

Bibi Tomais se junta ao grupo de convidados do ‘Papo Xadrez’ em sua 39ª transmissão ao vivo. A modelo plus size compartilhou sua caminhada desde os tempos iniciais como influenciadora até o cotidiano nas passarelas. Antes de Bibi, a estilista Juliana Santos e a empreendedora Julia Galvão já estiveram com os apresentadores Felipe e Ananda falando sobre o mundo da moda. Toda segunda-feira, o podcast traz diferentes perspectivas sobre diversos assuntos a fim de fornecer um conhecimento mais completo para seu público. 

Na semana passada, estiveram nos estúdios do jornal ‘O Hoje’ os representantes da escola MS de ginástica artística. Mário Sérgio Borges Almeida, fundador da escola, compartilha suas experiências enquanto ginasta, treinador e empreendedor no ramo. Já Raíni Vinhal traz uma perspectiva mais contemporânea da mulher nessa modalidade. “A ginástica me salvou de muita coisa que eu sei que eu ficaria muito mal se eu tivesse sozinha”, Raíni sintetiza o sentimento fraterno que experimenta ao lado de seus colegas atletas. 

A 37ª transmissão ao vivo do podcast ocorreu com o trio de pagodeiros na terra do sertanejo, o Kamisa 10. Angelo, Erlon e Pitchula contam da jornada que trilharam até se reunirem no grupo que hoje é sucesso no País todo. Do início do grupo em 2014, passando por uma reformulação no fim de 2018, e chegando nos dias atuais: o trio goiano não deixou nenhum detalhe de fora. O vocalista, Angelo, que começou a se apresentar na igreja conta que, apesar das outras experiências profissionais que teve, “foi a música que me escolheu”.