Maioria dos mandatários do PTB e Patriota devem permanecer no Mais Brasil
Lideranças avaliam que resultado das eleições tornou a junção das siglas “necessária”. Policarpo, no entanto, tende a sair
Após o anúncio da fusão entre os partidos PTB e Patriota, rumores apontam para uma possível migração das lideranças para novas siglas. A reportagem do O HOJE, no entanto, consultou os protagonistas de cada um dos partidos, que atestaram a permanência.
Presidente do PTB metropolitano, a vereadora por Goiânia Gabriela Rodart é favorável à fusão da sigla com o Patriota. “Estou no partido e permanecerei”, garante sobre a junção, que deve ser concluída nos próximos meses e originar a sigla Mais Brasil.
“Depois do resultado do último pleito, essa fusão é mais que necessária. PTB e Patriotas são dois partidos conservadores, com boa trajetória histórica e sua união fará um novo partido muito mais forte”, disse ao Jornal O Hoje.
Ela afirmou, ainda, que tem conversado com os presidentes Eduardo Macedo (PTB) e Jorcelino Braga (Patriota). A vereadora explica que, no momento oportuno, o novo líder da legenda estadual será anunciado “e eu estarei firme para lutar a seu lado”.
“Estou aqui para somar. Peço a Deus que ilumine os nossos dirigentes no âmbito nacional e estadual. Que Ele nos guie nessa nova missão de lutar pelo nosso Brasil e pelo nosso bom povo goiano”, concluiu.
Eleito deputado estadual pelo Patriota, o ex-vice-prefeito de Aparecida de Goiânia Veter Martins também não vê empecilho em continuar na legenda Mais Brasil, que se originará da fusão. “Neste primeiro momento, devo permanecer”, diz ao admitir que já recebeu diversos convites – mas não cita quais.
Mas se Veter deve ficar na sigla, o mesmo não pode ser dito do presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo. O vereador não fala oficialmente sobre o assunto, mas aliados do político afirmam que é certa a saída dele da legenda quando a fusão se concretizar. Especula-se que ele poderia ir para o PT, mas interlocutores não confirmam essa possibilidade.
O jornal O Hoje também falou com o vereador Cabo Senna (Patriota) que garantiu a continuidade no novo partido oriundo da fusão entre as siglas. Já o deputado eleito Cristóvão Tormin, também procurado, atendeu aos telefonemas.
Fusão
A fusão com o PTB, no fim do mês passado, foi confirmada pelo próprio presidente estadual petebista, Eduardo Macedo. Vale citar, como o Patriota elegeu mais nomes na Câmara Federal – foram 4 a 1 –, uma das exigências é que os ex-deputados federais Roberto Jefferson, Cristiane Brasil e Eduardo Cunha não façam parte da nova sigla.
Além desta junção, Solidariedade e Pros também se uniram para superar a cláusula de desempenho, ou cláusula de barreira, como também é chamada. O intuito, claro, é assegurar o direito ao fundo partidário e às propagandas de rádio e TV.
Nota assinada pelo goiano Eurípedes Júnior, presidente do Pros, e pelo líder do Solidariedade, o deputado federal Paulinho da Força, afirma que “a junção proporcionará um partido forte em todo o Brasil, capaz de agregar forças políticas que comunguem dos princípios democráticos e cuidado social”.
Neste ano, vale lembrar, 23 siglas conseguiram assentos na Câmara Federal. Contudo, do montante, somente 13 partidos conseguiram alcançar a cláusula de desempenho (ou de barreira), ou seja, os requisitos para garantir o Fundo Partidário e o tempo de TV.