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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Papo Xadrez

Allana Macedo vai ao ‘Papo Xadrez’ compartilhar sua trajetória na indústria musical

“Final de semana é todo mundo junto pra tocar violão e pra cantar”, Allana fala do cotidiano de sua família, ainda durante sua infância

Postado em 30 de novembro de 2022 por Guilherme de Andrade

A cantora e compositora Allana Macedo está na 41ª edição do ‘Papo Xadrez’. O bate-papo de quase duas horas abordou a trajetória da mulher na música sertaneja através da experiência de Allana. Do início da carreira, em Planaltina, passando pela temporada em Londrina, até chegarmos nos dias de hoje, em Goiânia: a cantora não deixou nada de fora. O episódio transmitido na segunda-feira (28) continua disponível pelo canal do YouTube ‘Papo Xadrez’, e os cortes desse encontro saem no perfil Instagram.

A sertaneja começa contando de sua infância e adolescência em Planaltina, no DF. Desde cedo, ela teve uma influência musical vinda da família. O avô, pai, tios e primas são todos envolvidos com a música. As primeiras composições, ainda escondidas da família, e a prática com o violão, foram deixando claro para Allana qual o rumo profissional ela seguiria. Assim que ela se sentiu confiante para viver de música, a cantora largou a faculdade e resolveu se dedicar 100% do tempo àquilo que ama. 

Seu início de carreira veio com um vídeo que ela postou no YouTube para se inscrever num concurso de canto do programa da Eliana. O concurso não foi pra frente porque o vídeo era maior do que pedia o edital, mas a repercussão desse material puxou novos trabalhos de Allana. De vídeo em vídeo, a cantora já estava sendo contratada para cantar nos bares de Brasília, e a partir daí, ela nunca mais parou. Hoje, ela já se apresenta nos maiores palcos do sertanejo, como a festa de Barretos, e até nos Estados Unidos.

Durante o bate-papo, a luta das mulheres no ambiente profissional foi o foco. “Acho que nós mulheres, em qualquer meio profissional, temos essa dificuldade, né?”, resume a luta principal. No início, a cantora confessa já ter ouvido, mesmo de outras mulheres, coisas como “mulher não canta não, tira a mulher do palco”, mas reconhece que já houve alguns avanços. A cantora conta que o movimento feminino no sertanejo começou a mudar essa situação, e hoje, o feminejo canta a vida da mulher para as mulheres de todo o País.

Allana diz não conseguir distinguir exatamente o tamanho de sua influência, de acordo com suas próprias palavras, mas ela já sabe da responsabilidade que tem para com os fãs. “Quanto mais gente chega, maior a responsabilidade do que você vai cantar, do que você fala no show… porque acaba atingindo muita gente”, sintetiza o cuidado com aqueles que admiram seu trabalho. A compositora compartilhou o relato de uma fã que retrata bem essa influência dela na vida das pessoas: “Você é responsável por eu ter saído da depressão”. 

Na voz dos apresentadores 

A voz e a simpatia da convidada da semana chamaram a atenção da apresentadora Ananda Leonel. “Quando a gente vê a Allana não imagina o vozeirão que sai quando ela começa a cantar. Incrível!”, comenta a apresentadora. A forma como a cantora leva sua trajetória profissional puxou elogios de Ananda: “Allana segue o caminho de grandes mulheres do sertanejo, como a Marília Mendonça e a Paula Fernandes, e vai se tornando ela mesma uma inspiração para muitas outras”.

Felipe Cardoso, também na apresentação do ‘Papo’, reforça o que foi dito por Ananda e complementa: “Além de reforçar as portas já abertas para a mulher no sertanejo, Allana está seguindo um caminho para ultrapassar os limites do gênero musical”. O apresentador destaca os feats da cantora com artistas do funk e da música eletrônica como o início dessa trajetória de mistura dos gêneros. “O compromisso com o estilo de vida da mulher contemporânea é visível e louvável em seus trabalhos”, concluiu Felipe.  

Nos últimos episódios

A conversa sobre a presença feminina no sertanejo ocorreu na 41ª transmissão do podcast com a cantora e compositora Allana Macedo. A artista se junta a uma série de convidados que já vieram ao ‘Papo Xadrez’ falar sobre o mundo da música. Ivan Miyazato, o duo de rap 7 Copas, Clara Barreto e muitos outros já compartilharam sua perspectiva dos bastidores dessa indústria nos estúdios do jornal ‘O Hoje’. Todos os episódios transmitidos até aqui estão disponíveis na íntegra pelo canal do YouTube ‘Papo Xadrez’.  

Na semana passada, o encontro do ‘Papo Xadrez’ ocorreu com uma das diretoras da ONG Miau Auau, Camila Amorim. Mila, como também é conhecida, conta dos desafios do cotidiano dos protetores voluntários. Tempo, dinheiro e a grande demanda são algumas das dificuldades listadas pela defensora da causa animal. Mila diz que o caminho para solucionar esses problemas está na conscientização: “Em primeiro lugar a gente precisa de consciência, ninguém nasce sabendo de nada, todo mundo tá aprendendo, todo dia”.

A 39ª transmissão ao vivo do podcast foi com a modelo plus size Bibi Tomais. O bate-papo com a influenciadora trouxe um pouco da luta coletiva pela aceitação de corpos ‘fora do padrão’. A modelo compartilhou um depoimento (recorrente no perfil de Bibi) que serve como inspiração para continuar em seu trabalho: “Antes não usava roupa assim, agora eu uso sempre porque você foi mostrando que eu posso usar sem medo”

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