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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Atendimento

Comissão de assistentes sociais aponta risco para população vulnerável

Alerta é de assistentes sociais aprovadas no concurso

Postado em 30 de novembro de 2022 por Vinicius Marques

As condições de trabalho na rede socioassistencial de Goiânia são precárias. Além disso, há grande déficit de pessoal, reconhecido pela prefeitura de Goiânia que, por isso, homologou este ano concurso público realizado em 2020 para a contratação de assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, educadores sociais, entre outros profissionais. Apesar de homologado o concurso, até agora a prefeitura não convocou nenhum/a profissional aprovado/a no certame.

Preocupada com os prejuízos à população em geral, especialmente a mais vulnerável, uma comissão formada por assistentes sociais aprovadas no concurso, com o apoio do Conselho Regional de Serviço Social 19ª Região – CRESS Goiás, divulgou nesta terça-feira, 29 de novembro, uma carta-manifesto na qual alerta que a população vulnerável da capital e também da Região Metropolitana está mais desprotegida de direitos, sem a convocação das pessoas aprovadas no concurso. É o caso de 63 assistentes sociais aprovadas, 24 para as vagas disponíveis e 39 para cadastro de reserva.

Na avaliação da comissão, “há o risco de interrupção dos serviços prestados pelas/os técnicas/os que atuam nessa rede, uma vez que os contratos das/os profissionais de Serviço Social encerram-se em 6 de dezembro de 2022 e até o momento não há previsão oficial de convocação das pessoas aprovadas no concurso de 2020 da prefeitura, homologado em 2022”, adverte.

O manifesto destaca que a rede socioassistencial de Goiânia é formada por unidades de atendimento à população, citando como as principais a própria Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social (SEDHS), os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), os Centros de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), o Centro de Atendimento à População em Situação de Rua (Centro Pop), os Conselhos Tutelares e o chamado Cadastro Único (CadÚnico), todos com déficit de equipes técnicas.

O documento elenca ainda unidades de acolhimento institucional, como as duas Casas de Acolhida, voltadas para atendimento de adultos e famílias; o Residencial Professor Niso Prego, que atende crianças e adolescentes; e o Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), trabalho social de abordagem sobre trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes em situação de rua; dentre outros diversos serviços que compõem a política de assistência social em Goiânia.

A rede socioassistencial de Goiânia, portanto, atende (ou deveria atender) pessoas em situação de violação de direitos: vítimas de violência doméstica, abuso sexual, vulnerabilidades decorrentes da falta de renda, insegurança alimentar, dentre outras, explica a carta-manifesto, chamando a atenção para a importância da garantia do atendimento em todas as unidades citadas.

A comissão de aprovados no concurso da prefeitura de Goiânia concluiu a carta-manifesto afirmando acreditar que o prefeito Rogério Cruz tenha compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e seja solidário às causas dos desfavorecidos pelas desigualdades sociais. “Assim, solicitamos ao prefeito a convocação imediata de profissionais aprovados no concurso, aptos para atender nessas unidades, como: assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, educadores sociais, dentre outros”, finaliza.

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