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sábado, 23 de novembro de 2024
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Um ano do vírus

Ômicron mudou a pandemia e pode ter chegado para ficar, diz OMS

Variante conseguiu se disseminar em todo o mundo e completa um ano de circulação

Postado em 5 de dezembro de 2022 por Mariana Fernandes

A Ômicron, identificada em novembro de 2021, era para muitos cientistas a última variante de preocupação do coronavírus, que poderia levar o mundo ao fim da pandemia de Covid-19. Porém, um ano depois, a cepa altamente transmissível cresceu, sofrendo mutações, sendo capaz de escapar da imunidade conferida por vacinas e infecções anteriores.

Após ser sequenciada pela primeira vez por cientistas da África do Sul e anunciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma nova variante de preocupação, a Ômicron se tornou dominante na maior parte do mundo, substituindo a Delta, sua antecessora.“ A Ômicron provou ser significativamente mais transmissível do que Delta, e continua a causar mortalidade considerável devido à intensidade da transmissão”, avaliou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, em coletiva de imprensa.

Desde o surgimento da Ômicron BA.1 (original), o vírus continua a evoluir. Atualmente, existem mais de 500 sublinhagens em circulação. Dessas, destacaram-se a BA.2, BA.4 e BA.5. Todas com características importantes em comum: são altamente transmissíveis, replicam-se no trato respiratório superior e têm mutações que contribuem com o escape da resposta imunológica.

De acordo com o professor do Instituto de Biologia da UnB Bergmann Ribeiro, especialista em mutações de vírus, aqueles que conseguem sobreviver ou se replicar em pessoas vacinadas têm vantagem sobre os que não conseguem.

“Isso é algo natural. O vírus muda ao longo do tempo, adaptando-se ao ambiente. Com a Ômicron foi assim. Novas modificações na proteína spike fizeram com que esse vírus não fosse reconhecido pelos anticorpos produzidos ou pela vacinação ou infecção de variantes antigas”, afirma Ribeiro.

Poderá surgir novas variantes? 

Para Ribeiro, a Ômicron continuará a evoluir, gerando novas sublinhagens. “Ele é o vírus que está dominando. É a partir dele que vão surgir novas subvariantes. Pode existir em algum lugar do mundo uma população que tenha um ou outro vírus que seja diferente da Ômicron, mas como ela tem essa vantagem de se espalhar mais rápido, ela domina”, pontua.

Especialistas da OMS explicam que caso o vírus mude significativamente – como se uma nova variante causasse uma doença mais grave ou se as vacinas não evitassem doenças graves e mortes – o mundo precisaria reconsiderar sua resposta. “Nesse caso, teríamos uma nova variante de preocupação e com ela, novas recomendações e estratégias da OMS”, afirmou a entidade em um comunicado.

Como prevenir? 

Para evitá-la, as regras de proteção são as mesmas de qualquer vírus de transmissão respiratória, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Se vacinar, evitar lugares cheios ou ambientes fechados, usar máscaras de proteção e higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%, são alguns cuidados propostos pelos órgãos de saúde.

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