O ano ainda não acabou, mas a cantora e compositora Paula Mel já adianta seus projetos de 2023. Pautada na sua evolução como artista e em fortalecer sua conexão com o público, ela acaba de anunciar a fase final do fechamento do novo repertório. As músicas, criadas ao longo deste ano, serão lançadas no começo de janeiro e reforçam o foco em sua carreira. As canções trazem uma proposta de renovação e ampliação do seu estilo musical. Ela garante que ficará claro sua busca pelo aperfeiçoamento das suas escolhas musicais.

Paula está na música há dez anos e transita entre o rock, o samba e a nova MPB com muita versatilidade. Neste novo trabalho, ela mostra a inquietude que a persegue e como está ligada nos movimentos da música, procurando dar sentido à sua existência como artista. Com seu parceiro musical Marcos Sá, compositor das quatro músicas do EP, ela lança ‘Te programando’, que trata da manipulação na Internet; ‘Gostoso que faz mal’, sobre tudo que é gostoso e faz mal; ‘Cobra Criada’, para quem tenta nos puxar para baixo; e ‘Sem você não dá’, sobre amor.  

As novas músicas, gravadas em estúdios de Florianópolis, estão em processo final de mixagem por Zé Nigro, importante referência da música. Produtor musical, arranjador e multi-instrumentista, entre tantos trabalhos de sucesso, ele assina o álbum de Liniker, a primeira cantora trans da história a receber o Grammy Latino 2022. Paula ressalta que 2023 será um divisor de águas. “A partir deste trabalho, vou ampliar meu repertório e canções inéditas surgem no segundo semestre, e com shows para mostrar a minha nova fase”, revela Paula.

Paula Mel é nascida em Belém e com o marido, Marcos Sá, compositor e arranjador, já trabalha com música há uma década, intercalando temporadas entre EUA e Europa. Durante a pandemia decidiram morar em Florianópolis com os dois filhos, pensando em aliar o trabalho e a qualidade de vida da família. Deu tudo certo e de lá eles tocam suas carreiras para o Brasil e mundo afora, felizes pelo acolhimento da cidade e pela escolha do lugar onde a inspiração musical se comunica com a Ilha.

A pandemia foi um momento desafiador para eles e Paula reforça que a volta para a rotina artística tem acontecido aos poucos. Um fator que contribuiu para que os laços com seu público não se desfizessem foi a distribuição de músicas nas plataformas digitais de áudio e vídeo. A cantora e compositora navega bem por este universo, incluindo nas plataformas seus trabalhos mais recentes, repertório que também esteve presente em shows, na programação das rádios e programas de televisão.

Sobre o digital, ela tem posições bem definidas sobre o que acontece no momento neste setor extremamente concorrido, onde um mar de novas músicas e artistas chegam todos os dias procurando visibilidade e público. “Eu acho que há uma preocupação das gravadoras com o que vende mais facilmente e não o duradouro. Esse público que prefere música mais durável precisa ser reconquistado. Há tantos artistas excelentes com trabalhos muito bem produzidos, arranjos maravilhosos e que estão começando a aparecer. Talvez isso seja um bom sinal, de carência do público por boas letras e a preocupação real de fazer música de qualidade. O lado positivo do streaming é poder levar a sua música a lugares que você nem podia imaginar. Mas é preciso trabalhar duro e investir muito para fazer isso girar”, analisa a cantora.