Psicóloga de 27 anos morre ao passar mal durante exame em clínica de Goiânia; Leia a nota do local
O caso foi registrado na Polícia Civil para ser investigado
A clínica responsável pela ressonância magnética do coração da psicóloga Bruna Nunes de Faria, divulgou nesta sexta-feira (23/12), uma nota comunicando e esclarecendo a morte da paciente. O comunicado foi publicado nas redes sociais do estabelecimento, localizado em Goiânia.
Segundo a família, há a suspeita de que a vítima tenha sofrido um choque anafilático, uma reação alérgica grave, durante o procedimento. Bruna, de 27 anos, teve dois AVCs (Acidente Vascular Cerebral) há 45 dias. Por isso, fez uma bateria de exames para descobrir a causa.
Dessa forma, a mulher passou por cinco neurologistas e três cardiologistas. A mãe diz, de acordo com o G1, que a ressonância, em que ela passou mal, era o último exame que ela tinha que fazer.
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“Vi minha filha morrer. Ela ficou com o corpo roxo. A última coisa que ela falou foi: “Estou sem ar”. E não falou mais nada”, contou Jane Alves ao G1.
O caso foi registrado na Polícia Civil para ser investigado, conforme o delegado Leonardo Sanches. Já a causa da morte será identificada por autópsia, feita no Instituto Médico Legal (IML).
Faria realizou o procedimento no Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) Unidade II, que fica na Avenida Portugal, no Setor Marista. Na nota, a defesa explicou que, atualmente, há dois grupos distintos operando sob o nome CDI.
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Um sob responsabilidade dos médicos Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado e outro sob a gerência dos médicos Ary Monteiro Daher e Adriana Maria Monteiro, sendo que o procedimento que a jovem realizou faz parte dos serviços prestados pela equipe chefiada por Ary e Adriana.
Os grupos estão em fase final de separação judicial, que deve ser finalizada em janeiro, quando os prédios também devem ser separados de acordo com a administração.
Leia na íntegra a nota do CDI gerido pelo médico Ary Monteiro
“Aguardaremos o resultado do laudo que vai determinar a causa da fatalidade, mas, desde já, nos solidarizamos com os familiares e amigos da paciente e seguimos à disposição para prestar toda a assistência necessária. Reforçamos que em nossos exames são adotados elevados padrões de segurança, com acreditação em grau máximo e procedimentos certificados pelas autoridades do setor, sempre buscando garantir o bem-estar e a saúde de nossos pacientes, valores que sempre fizeram parte da história da clínica”, diz a nota enviada pelo advogado do médico Ary Monteiro.
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Leia na íntegra a nota do CDI gerido pelo médico Luiz Rassi Júnior
As Clínicas CDI sob a coordenação do Dr. Luiz Rassi e Dra. Colandy Nunes Dourado, vêm a público esclarecer:
É com muita tristeza que recebemos a notícia da morte da jovem Bruna Nunes de Faria, paciente que realizava exame de ressonância magnética. Tal fato nos leva ao dever e obrigação de prestar esclarecimentos aos nossos clientes, corpo clínico, colaboradores, médicos e sociedade em geral.
Há dois grupos distintos operando sob o nome CDI. Um, o nosso – Dr. Luiz Rassi e Dra. Colandy Nunes Dourado -, com as Clínicas CDI Diagnósticos em Cardiologia; CDI Diagnósticos Angiotomográficos e Nuclear CDI. E, outro, sob a responsabilidade do Dr. Ary Monteiro Daher do Espírito Santo e Sra. Adriana Maria de Oliveira Guimarães Monteiro. Os grupos estão em fase final de separação judicial.
O processo judicial iniciado há mais de 02 anos, se deu em virtude de divergências de valores e princípios éticos no exercício da Medicina. As clínicas sempre funcionaram de forma separada, apesar de estarem localizadas no mesmo endereço, realizando exames distintos, com equipamentos distintos, médicos e colaboradores também distintos.
O exame da paciente Bruna Nunes de Faria, com fatídico e lamentável desfecho, foi realizado pela Clínica cujo responsável técnico é o Dr. Ary Monteiro Daher do Espírito Santo, que se chama Centro de Diagnóstico por Imagem PORTUGAL, o qual tem se identificado como CDI Radiologia.
Informamos também que o processo de separação dos imóveis está em curso, a fim de que a população em geral possa diferenciar ainda mais as Clínicas, ao buscar e escolher livremente atendimento para diagnósticos médicos.
Por fim, nos solidarizamos com a família e amigos de Bruna Nunes de Faria, lamentamos profundamente sua morte e esperamos que a causa do óbito seja esclarecida de forma rápida e efetiva, com apuração pelos órgãos competentes.
Bruna Faria
Bruna nasceu em Bonfinópolis, onde foi velada e enterrada na última quinta-feira (22). A jovem trabalhava como psicóloga da Prefeitura de Silvânia e fazia parte da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (Emad) da Secretaria Municipal de Saúde.
Nas internet, a prefeitura de Silvânia lamentou a morte da servidora e decretou luto oficial no município por três dias, pela memória de Faria.