Em 2014, um homem de 30 anos que não teve o nome revelado, foi diagnosticado erroneamente com um quadro avançado de carcinoma, tumor maligno que se origina nos tecidos epiteliais, no órgão genital. Desde então, ele passou por diversas cirurgias desnecessárias até 2017. Ao final do processo, o homem teve o seu pênis totalmente removido por erro médico.

O caso aconteceu na França, na cidade de Nantes. O Hospital Universitário de Nantes foi considerado culpado, após um tribunal administrativo constatar “infrações culposas” que levaram a danos irreversíveis. A Justiça da França, em dezembro do ano passado, condenou o hospital a pagar 61 mil euros pelos danos à vítima, que reclamou do valor e disse que irá recorrer.

“Tenho ódio desse médico que não me ouviu. Ele jogou roleta russa comigo!”, disse a vítima à rádio France Bleu Loire Océan.

O solicitado pelo homem foi um montante de 976 mil euros, mas, segundo o tribunal, o valor da indenização está relacionado com o “sofrimento vivido” (12 mil euros), o “prejuízo funcional permanente” (16 mil euros) e o “dano sexual” (31 mil euros).

“Não permitirei que me humilhem”, disse a vítima por meio de seu advogado. “Não sinto mais nada. Não podemos substituir a sensação do pênis por vários sensores“, lamentou.

O advogado do paciente, Georges Parastati, afirmou que o cliente sofreu duas mortes: psicológica, por negligência médica e a segunda após o julgamento degradante.

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