Janeiro Branco reforça cuidados com saúde mental
Assunto preocupa em média 49% dos brasileiros
Com o tema “A vida pede equilíbrio”, a campanha Janeiro Branco tem por objetivo chamar a atenção para a prevenção e tratamento da saúde mental. Pelo menos 49% dos brasileiros são preocupados com assuntos relacionados a transtornos mentais. Os dados são da Global Health Service Monitor, realizada pela empresa Ipsos em 34 países.
No último ano, houve aumento de 2,7 vezes em quatro anos de pessoas que se preocupavam com ansiedade e depressão. Em 2018, eram 18%, no ano seguinte subiu para 27%, enquanto em 2021 já era 40% da população que enfrentavam esses desafios.
Psicóloga, Adriane Garcia destaca que a campanha é importante para trabalhar saúde mental. Para ela, significa sair do escopo do adoecimento e entrar na prevenção. Ela dá orientações de como cuidar da saúde mental.
“É muito importante que a gente estabeleça o que é saúde. A nossa saúde mental depende de como nós trazemos conteúdos para o nosso processo de vida. Por exemplo, se eu tenho uma enxurrada de conteúdos eu posso ter um processo de ansiedade, angústia porque parece que vem uma série de coisas que eu não consigo lidar. E se eu não tenho nenhum conteúdo eu também não sou capaz de fazer análise desses conteúdos. Então cuidar da saúde mental é trabalhar ferramentas que ajude as pessoas a se relacionarem melhor com seu processo mental avaliando o que são erros cognitivos, como ela está vivendo no processo de vida dela, se reavaliando várias vezes”.
Segundo a especialista, a saúde mental deve ser cuidada desde criança e para quem não faz ainda deve começar o mais rápido possível. Por isso, é necessário ficar atento aos sintomas. “Quando a gente começa a perceber sinais, a pessoa começa a ficar mais apreensiva, a ter pensamentos mais negativos, descontrole das emoções, processo físicos como tremedeira e palpitação”. De acordo com Garcia, esses sintomas não conseguem ser facilmente diagnosticados por um médico visto que é algo voltado para a mente, nos exames gerais pode não aparecer nada.
Ela salienta ainda que é importante observar amigos e parentes em nossa volta e ao detectar algum sintoma, prestar a ajuda necessária. “É importante sempre direcionar essa pessoa para um profissional, porque muitas vezes ela vai precisar de uma ajuda para trabalhar os processos internos e o melhor a se fazer quando você pode ser uma rede de apoio, uma pessoa que apoia, é acolhimento. É ouvir essa pessoa empaticamente sem querer resolver ou ajudar, é compreendê-la e ajudá-la a buscar tratamento adequado para o processo dela”, explica.