Companheiros na vida e de viagens
Médico Veterinário fala sobre medidas de segurança com os pets em viagens longas no final do ano.
Janeiro ainda é considerado um bom período para as viagens daqueles que buscam sair da rotina. Para quem tem cães e gatos e não abre mão de passar momentos especiais com seus bichinhos, é importante tomar atenção a detalhes para garantir que o trajeto seja seguro para os animais e despreocupante para os tutores.
O médico veterinário e professor do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Thiago Bastos, alerta para os principais pontos para planejar um passeio. “Antes de viajar, é muito importante levar seu pet ao veterinário para realizar um check-up e verificar se ele está apto para a viagem. Essa aptidão será comprovada por meio de um atestado sanitário emitido pelo veterinário, além de verificar se a vacinação está em dia, especialmente as antivirais múltiplas (V8 ou V10, por exemplo), antirrábica e antigripal. Outra recomendação é conferir se o controle antiparasitário também foi realizado, ou seja, vermifugado e tratado contra pulgas e carrapatos”, pontua.
Em viagens interestaduais, o especialista afirma que os tutores devem ter em mãos o atestado sanitário do seu pet, certificando que o animal está em boas condições de saúde e atende às medidas definidas pelos órgãos públicos, além da carteira de vacinação.
“A documentação é imprescindível até mesmo para trajetos feitos em veículo próprio. Em caso de viagem internacional, as exigências são ainda maiores. O comprovante de microchipagem, por exemplo, torna-se necessário. Muitas doenças são evitadas quando há o transporte de animais acompanhados por um atestado sanitário emitido por um Médico Veterinário”, detalha.
Caixa de transporte
A caixa de transporte, além de ser uma exigência em companhias rodoviárias e aéreas, torna a viagem de carro mais segura para o pet. “Opte por adquirir uma caixa de transporte confortável. O Código de Trânsito Brasileiro não permite que animais fiquem entre as pernas do passageiro ou nos bancos de veículos, assim como em caçambas de pick-ups e caminhonetes”, detalha Bastos.
O professor indica, também, que o trajeto deve conter paradas planejadas, para que os seus bichinhos possam fazer suas necessidades (urinar e defecar) e tomar água. Segundo o especialista, o ideal é que os animais parem de se alimentar 3 horas antes da partida. “A orientação é que a alimentação não seja exagerada para que o animal não sinta enjoos, o ambiente deve estar devidamente climatizado. Por fim, o uso de medicamentos que acalmem os pets só podem ser usados, somente após avaliação veterinária. Cada medicamento tem suas vantagens e desvantagens. Seu uso jamais deve ser banalizado”, alerta.