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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Congresso

Câmara aprova intervenção federal na segurança pública do DF

Matéria tramitou em caráter de urgência, durante sessão semipresencial

Postado em 10 de janeiro de 2023 por Francisco Costa
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A Câmara dos Deputados aprovou de forma simbólica o decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, na noite de segunda-feira (9). A votação foi acordada em reunião de líderes.

Na ocasião, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), designou que o deputado Rubens Pereira Jr. (PT-MA) fosse o relator do texto. A matéria tramitou em caráter de urgência, durante sessão semipresencial. Nesta terça (10) deve ocorrer a votação no Senado a partir das 11h.

O decreto foi assinado no domingo, por Lula, após os atos de terrorismo na sede dos três Poderes em Brasília. Na manhã de segunda, os equipamentos do Plenário foram periciados e estavam em perfeito estado, uma vez que o local não chegou a ser invadido.

Um grupo de radicais conseguiu entrar nas galerias e na tribuna de honra, quebrando um painel de vidro que caiu no Plenário. Este danificou uma mesa de votação, mas a mesma foi consertada.

Invasão

A intervenção foi decretada como resposta aos atos de vandalismo realizados no domingo, no Distrito Federal. Golpistas invadiram e depredaram os palácios do Congresso, do Planalto, e do Supremo Tribunal Federal em contestação ao resultado das eleições e em defesa de golpe de Estado. Os atos foram convocados pelas redes sociais.

O decreto a ser analisado, agora pelos senadores, determina a intervenção federal na área de segurança pública do Distrito Federal até 31 de janeiro de 2023 com o objetivo de encerrar “grave comprometimento da ordem pública no Distrito Federal marcado por atos de violência e invasão de prédios públicos”.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, foi nomeado interventor e terá o controle operacional de todos os órgãos distritais de segurança pública no período.

Até o momento, mais de 1,5 mil manifestantes foram detidos para esclarecimentos e mais de 300 foram presos em flagrante. Após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi desmontado o acampamento existente no quartel-general do Exército, em Brasília, desde a vitória eleitoral do presidente Lula. Também foi afastado, por 90 dias, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

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