O que aconteceu com herança dos pais de Suzane Von Richthofen?
Diferente do que imaginamos, a mansão – que possui piscina, escritório e biblioteca -, não está abandonada.
Após 20 anos do crime que chocou o Brasil, Suzane von Richthofen obteve progressão da pena. Nesta quarta-feira (11), a acusada de ser a mandante dos assassinatos dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, conseguiu ir para o regime aberto.
No dia 31 de outubro de 2002, quando ainda tinha 18 anos, Suzane e os irmão Cravinhos foram os protagonistas de um dos crimes que marcaram as páginas policiais de São Paulo.
Manfred e Marísia Von Richthofen morriam de orgulho dos filhos e viviam uma perfeita vida da classe média paulistana. Mas uma coisa não parecia bem: eles não aprovavam o namoro de Suzane com Daniel Cravinhos.
Em maio de 2002, os pais de Suzane a proibiram de se relacionar com Daniel, já que não aprovavam o namoro. O motivo é apontado com estopim para o crime, embora haja controvérsias em relação ao assunto.
Vale ressaltar que quando se trata do caso, as motivações se dividem através das contradições presentes no depoimento da jovem e de seu ex-namorado, que trocaram graves acusações em 2006.
No dia do crime, Suzane levou seu irmão mais novo, Andreas, a um cybercafé e colocou o plano em ação. Com os álibis em mente, a jovem pediu que os Irmãos Cravinhos matassem seus pais. E assim foi feito. Os Von Richtofen morreram enquanto dormiam, devido às diversas marretadas que levaram em suas cabeças.
Mansão e herança
Após o assassinato, a herança dos Von Richthofen, avaliada em R$ 10 milhões, foi submetida à análise da justiça. Em 2011, foi decidido que Suzane não poderia receber o patrimônio deixado pelos pais.
Já em 2014, Suzane produziu um documento endereçado à Justiça. Nele, ela abria mão de toda herança e expressou o desejo de rever o irmão, que não via desde 2006.
Diferente do que imaginamos, a mansão – que possui piscina, escritório e biblioteca -, não está abandonada. Ainda em 2014 (ano em que Suzane abriu mão de toda herança), Andreas von Richthofen vendeu o casarão pela metade do preso.
Quando os novo proprietários compraram a mansão, decidiram reformar todo o espaço. A famosa fachada de tijolos foi trocada. Acabou sendo pintada de branco. Além da tinta cobrir as pichações pedindo “justiça” pelo crime, ela cobriu também o número da casa.
Segundo vizinhos da casa, após o crime, ninguém nunca habitou a residência e, segundo eles, o atual dono da mansão e um jardineiro visitam o imóvel eventualmente, mas não moram nele.
No Google Maps a casa foi borrada. O site de buscas oculta a imagem do casarão para quem quiser ver a foto a partir do endereço. No lugar onde deveria aparecer a mansão tem um retângulo que desfoca a residência para não mostrá-la.