O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), entregou ao procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, uma representação criminal contra os terroristas que depredaram os prédios dos Três Poderes da República, em Brasília no último domingo (8/1).

Na prática, a representação reúne pedidos de abertura de ação contra os criminosos. Agora, cabe a Aras, decidir se dará andamento aos pedidos formulados pelo Senado.

Por ora, o documento é mantido em sigilo pelo Senado. Pacheco, no entanto, afirmou que, uma vez entregue à PGR, caberá a Aras decidir se mantém os autos em segredo ou se o tornarão públicos.

Segundo o presidente do Senado, novas representações podem ser apresentadas ao Ministério Público Federal (MPF) “a partir da identificação de novos fatos de novos autores de crimes, sobretudo aqueles que tenham financiado e contribuído intelectualmente com esses crimes de 8 de Janeiro”.

Segundo o procurador-geral, a representação será analisada durante o fim de semana e as ações devem ser apresentadas já na segunda (16) ou terça-feira (17).

“Certamente, com o trabalho que vossa excelência [Pacheco] já indica ter feito, com identificação da autoria e da materialidade dos fatos ilícitos cometidos, seja aqueles meramente danosos, mas mais que tudo atos preparatórios de qualquer sublevação do regime político, adotarmos providências imediatas. Temos um grupo formado para que entre segunda e terça-feira tenhamos, diante dos elementos colhidos pelo Senado, mover logo a ação penal, juntamente com as ações cautelares ou um inquérito com as cautelares”, afirmou Aras.

Segundo o PGR, o Ministério Público está empenhado em “dar uma resposta à população brasileira” e responsabilizar os terroristas que depredaram o patrimônio público no último dia 8 de janeiro.