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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Decisão conjunta

Vereadores ‘vanguardistas’ devem decidir entre base e oposição ao prefeito nesta semana

Apesar dos integrantes do grupo dizerem que decisão será tomada em conjunto e que todos os membros acompanharão o que for definido pela maioria, Paulo Magalhães demonstra resistência

Postado em 19 de janeiro de 2023 por Felipe Cardoso
Vereadores 'vanguardistas' devem decidir entre base e oposição ao prefeito nesta semana
Apesar dos integrantes do grupo dizerem que decisão será tomada em conjunto e que todos os membros acompanharão o que for definido pela maioria

Um dos objetivos da prefeitura de Goiânia é atrair para sua base na Câmara Municipal um grupo de vereadores conhecido, nos corredores, como ‘vanguardistas’. Esse grupo, conforme mostrado em primeira mão pelo jornal O HOJE, é formado por cinco vereadores, três deles recentemente empossados e outros dois na famosa posição de ‘independência’. São eles: Anderson Sales Bokão (sem partido), Gabriela Rodart (PTB), Igor Franco (Pros), Paulo Magalhães (União Brasil) e Welton Lemos (Podemos).

O objetivo desse grupo, revelado pela reportagem em 5 de janeiro, é encontrar um rumo a partir do retorno das atividades legislativas, previsto para o início de fevereiro. A decisão, conforme afirmado por um de seus integrantes, será tomada em conjunto, na certeza, segundo ele, de que no meio termo não ficarão. 

Contando os minutos

A expectativa é que tudo seja definido ainda essa semana. O vereador Igor Franco formalizou, inclusive, um pedido de reunião com Rogério Cruz na última terça-feira, 17. Até ontem, o parlamentar não havia recebido retorno. “Mas acredito que não teremos dificuldades e que essa reunião deve sair até sexta”, disse. 

“Temos passado por algumas situações com o prefeito e ele terá que honrar uma série de compromissos. O que posso dizer é que não vamos caminhar destoados. A composição será integral”, destacou o vereador. 

Opa, opa 

A afirmação, no entanto, contraria a posição de um dos membros do grupo, o vereador Paulo Magalhães. Com ele, “não tem conversa”. “Se eles não forem para oposição estou fora do grupo”, disse o parlamentar em entrevista ao O HOJE. 

“O cara [Rogério Cruz] foi meu amigo na Câmara por dois mandatos, tínhamos uma relação de amizade. Depois que virou prefeito, nunca mais atendeu uma ligação minha. Sem contar que quando tomamos posse, não se deu ao trabalho de ao menos nos parabenizar, nos visitar, ligar ou qualquer coisa do tipo”, rememorou. 

E continuou: “eu quero que eles [os demais vereadores membros do grupo] fiquem bem à vontade para decidirem, mas comigo não tem conversa, sou oposição. Nunca fui em uma reunião no Paço e já adianto que também não irei nessa que estão marcando agora”, finalizou. 

Em novo do povo

Welton Lemos, por sua vez, disse que há um diálogo estabelecido com o prefeito e que, a partir disso, o entendimento é que Cruz “tem tudo para fazer uma boa gestão”. “Se a gente  de fato conseguir colocar em prática os objetivos que ele tem nos apresentado, como grandes investimentos e obras na cidade, entendo que o ideal seja caminhar com o prefeito. O povo precisa do nosso trabalho, no sentido de apontarmos os locais mais adequados para realização dessas obras”, argumentou em sinal de adesão. 

A casa é sua

A vereadora Gabriela Rodart também foi procurada, mas não atendeu aos telefonemas. Ela, no entanto, foi vista em evento recentemente promovido pela prefeitura de Goiânia no próprio Paço. Na solenidade, Rodart se acomodou ao lado de vereadores da base do prefeito. Nos bastidores, a leitura é de que teria “cedido” ou estaria próxima disso.  

Lá, cá, aqui, acolá? 

Quanto a Anderson Sales Bokão, outro veterano na mira do prefeito, o parlamentar já figurou como vereador da base, depois rompeu com o Paço e passou a dar sinais de ‘independência’ quando não se intitulava vereador “de oposição”. 

Bokão, vale lembrar, foi um dos mais aguerridos vereadores na luta pelo pagamento das emendas impositivas. Fez duras críticas ao prefeito e também à secretária Valéria Pettersen, da Secretaria de Relações Institucionais, à época. 

Em uma das discussões, em agosto do ano passado, chegou a dizer na tribuna do Legislativo: “Não dá para ficar brincando com a cara da gente. Não estou aqui para brincar de trabalhar. Temos emendas da época do Iris [Rezende, ex-prefeito de Goiânia] que não foram executadas”. O imbróglio foi um dos fatores que levou o vereador a romper com o prefeito. Se deve, agora, fazer o caminho de volta à base, o tempo dirá. 

Bokão também não atendeu aos telefonemas. O espaço seguirá aberto para manifestação de ambos os vereadores. 

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