Casa Museu Ema Klabin traz Concerto da série ‘Mulheres na Música’
Com trio de piano, violino e canto, série divulga a vasta e desconhecida atuação das mulheres na música de concerto, com obras de Clara Schumann, Clarice Assad, Nilcéia Baroncelli e Chiquinha Gonzaga
Dia 25 de janeiro, quarta-feira, data em que São Paulo completa 469 anos de história, a Casa Museu Ema Klabin traz uma programação especial. A série ‘Mulheres na Música’ apresenta concerto com três musicistas de excelência: a soprano Manuela Freua, a violinista Eliane Tokeshi e o pianista Marcos Aragoni. Com direção artística de Lilian Barretto e curadoria de Camila Fresca, a série divulga a vasta e desconhecida atuação das mulheres na música de concerto, seja como instrumentistas, compositoras ou regentes. O concerto ocorre às 11h, com 100 lugares presenciais, a serem ocupados por ordem de chegada, e transmissão ao vivo pelo canal da Casa Museu Ema Klabin.
Neste programa, Brasil e Europa se encontram na figura de mulheres pioneiras: a alemã Clara Schumann, pianista e compositora que, seguindo os passos de Paganini e Liszt, foi uma das primeiras musicistas a fazer uma carreira de artista ‘pop star’, no século XIX; Chiquinha Gonzaga, primeira pianista profissional do Brasil e uma das primeiras mulheres a reger uma orquestra no mundo; a inglesa Rebecca Clarke, uma das primeiras mulheres a se formar em composição numa renomada escola de música, a Royal Academy of Music. A música de nossos dias também tem espaço nas canções da brasileira Clarice Assad que tratam dos desafios enfrentados pelas mulheres, dentro e fora dos palcos.
Um piano raro, o Érard, de 1912, que compõe a Coleção Ema Klabin, será usado na apresentação. Nele já tocaram mestres como Magda Tagliaferro (1893-1986) e o maestro João Carlos Martins. E mesmo após a casa virar museu, a música continua a se fazer presente, agora em um palco na área externa, ao lado do jardim projetado por Roberto Burle Marx.
Junto com São Paulo, a colecionadora Ema Klabin também faria aniversário (25/01/1907 – 27/01/1994). Mecenas, Ema Klabin teve uma ativa participação na vida cultural da cidade de São Paulo. Integrou os conselhos da Fundação Bienal de São Paulo, do MASP e do Museu de Arte Moderna de São Paulo; colaborou na criação do Museu Lasar Segall e da Fundação Magda Tagliaferro; foi sócia da Sociedade Cultura Artística e da Orquestra Filarmônica de São Paulo, entre outras atividades.
A residência onde viveu Ema Klabin, uma mulher à frente de seu tempo, de 1961 a 1994, aberta ao público desde 2007, é uma das poucas casas museus de colecionador no Brasil com ambientes preservados e conta com uma rica coleção de arte, artes decorativas e peças arqueológicas, além de oferecer uma ampla programação cultural.