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domingo, 24 de novembro de 2024
Operação Ambiental

Amma resgata 455 animais silvestres ao longo de 2022

No Estado esse número ultrapassa os 3.500 bichos

Postado em 1 de fevereiro de 2023 por Alexandre Paes
Amma resgata 455 animais silvestres ao longo de 2022
No Estado esse número ultrapassa os 3.500 bichos. | Foto: Reprodução

Ao longo de 2022, cerca de 455 animais silvestres que estavam fora do habitat natural foram resgatados pela Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) somente na região de Goiânia. As operações aconteceram em diversas residências e estabelecimentos comerciais da capital, após algumas denúncias da comunidade serem recebidas pela instituição.  

Segundo a gerente de Proteção e Manejo de Fauna da Amma, Isabela Saddi, os animais mais encontrados na cidade, principalmente durante os períodos de estiagem, são os macacos prego e guariba. Entretanto, ela também ressalta que os tipos de resgate podem variar conforme a época e estação do ano. 

“Em tempos de chuva, os mais comuns são os das espécies de gambá, sagui, maritaca, periquito e aves no geral”, revela. De acordo com o presidente da Amma, Luan Alves, o alto número de resgates na cidade se deve à prática errônea da população em alimentar os animais. 

“Nossos parques abrigam inúmeros animais, e eles podem sair desses locais e se aproximar das residências, principalmente se alguém alimentá-los, o que é proibido, pois altera o seu balanceamento. Eles possuem comida própria nas unidades de conservação”, explica o presidente.

Cuidados pré e pós-resgate 

Os bichos resgatados são encaminhados para Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Conforme a Amma, também houve, de janeiro a dezembro, 118 orientações, por telefone, para situações em que não foi necessário o resgate de animais.

“Ao ligar na Amma, damos esse direcionamento, após triagem técnica, quando a situação não é passível de resgate”, explica a gerente de Proteção e Manejo de Fauna da Amma, Isabela Saddi. Na maioria dos casos, o animal sairá do local por conta própria, sem apresentar risco para si mesmo ou para o ser humano. 

Segundo Isabela Saddi, o tipo de resgate varia conforme a época. “Em tempos de chuva, os mais comuns são os das espécies de gambá, sagui, maritaca, periquito e aves no geral. Além disso, é comum encontrar na capital macacos prego e guariba. Esses dois aparecem próximos a residências, principalmente nos períodos de estiagem. Não alimentá-los é importante para evitar que criem o hábito de permanecer naquele local, pelo fato de não necessitar caçar o próprio alimento e possuir espaço para dormir”, explica.

Mais de 3.500 animais resgatados em Goiás 

O biólogo e analista ambiental do Cetas/Ibama, Léo Caetano Fernandes da Silva, destacou que se comparado com o ano de 2021, nos últimos 12 meses houve uma queda na quantidade de animais resgatados. “No ano de 2021 mais de 4.500 animais silvestres passaram por aqui. A maioria deles chegou por meio de resgate, mas há também aqueles que foram entregues espontaneamente, e outros apreendidos em operações para evitar o contrabando desses bichos, principalmente aves”, enalteceu.

De acordo com os dados apurados pelo Cetas, no ano de 2022 cerca de 3.552 bichinhos chegaram na unidade e passaram pela triagem, observação, recuperação e readaptação para só depois retornarem aos seus habitats. “Tivemos uma média de 138 animais que todos os meses passaram pela instituição vítimas de maus-tratos e atropelamentos nas rodovias ou centros urbanos. Deste, mais de 235 sofreram algum tipo de fratura grave ou expostas, necessitando de uma recuperação mais prolongada”, conta o biólogo.

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