Até onde as vistas alcançam, salvo alguns focos pontuais, não se vê sinais de oposição orgânica que possa provocar insônia no governador Ronaldo Caiado (UB). Nesta segunda-feira (3), ele empossa o presidente do PP em Goiás, Alexandre Baldy na Agehab e o ‘curinga’ de seu governo na Seinfra, Pedro Sales.

O simbolismo de trazer Baldy para a equipe de governo e à frente de um programa para moradias populares, vai além de ‘agasalhar’ um aliado. O gesto aproxima Caiado ainda mais do espectro de centro-direita e direita. Não importa se o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira anunciou que “trabalha para a volta de Jair Bolsonaro em 2026”, Caiado passa a contar com um “escudo” político forte no Congresso, além de seu partido, o União Brasil. São duas siglas importantes no atual momento brasileiro e em Goiás, o contraponto de poder em 2026.

Sem PP, UB e Caiado, dificilmente a oposição conseguirá conquistar o Palácio das Esmeraldas. Este arranjo doméstico com Pedro Sales e Baldy trabalhando juntos em projetos estratégicos do governo, acelera o ritmo de decisões. Na Agehab, a experiência de Baldy quando foi ministro das Cidades, vai ajudar muito na prospecção de projetos e na desburocratização de convênios junto ao Governo Federal.

Quanto a Pedro Sales, – embora ele não goste de comparações –, é tido no meio político como o “Tarcísio Freitas de Caiado”. Sabe se mover com habilidade no serpentário político, cumprir metas e determinações do governador, portanto, o homem no lugar certo. Assim, nesta segunda-feira (3), Caiado provavelmente vai em seu discurso, o eixo estruturante de seu segundo governo.