Tipos de espondiloartrite: quais os mais comuns e como tratar a doença
Há diversos tipos de espondiloartrite, pois este termo refere-se a um grupo de doenças inflamatórias que podem afetar várias regiões do corpo. A manifestação mais comum é na coluna vertebral
Há diversos tipos de espondiloartrite, pois este termo refere-se a um grupo de doenças inflamatórias que podem afetar várias regiões do corpo, como olhos, pele, intestino e articulações. Contudo sua manifestação é mais comum na coluna vertebral.
Estas doenças não têm uma causa definida, mas acredita-se que o seu surgimento seja influenciado por fatores genéticos, alguns genes e também fatores ambientais como infecções. Sua ocorrência é maior entre os 20 e os 40 anos e cerca de 1% da população mundial sofre do problema.
Neste texto reunimos informações sobre seus diferentes tipos e as principais formas de diagnóstico e tratamento. Acompanhe!
Quais são os tipos de espondiloartrite?
Há 5 tipos principais de espondiloartrite. Conheça as características de cada um deles.
Artrite enteropática
Esta espondiloartrite se desenvolve em associação com uma doença inflamatória intestinal, seja a doença de Crohn ou a colite ulcerativa. O paciente pode ter várias articulações do corpo afetadas, além de sintomas intestinais.
Artrite reativa
Na artrite reativa a inflamação nas articulações ocorre devido ao contato com alguma bactéria. O paciente pode se queixar de dor no local afetado, vermelhidão e até inchaço. Mas também podem surgir sintomas não articulares, como dor ao urinar e inflamação nos olhos.
Espondilite anquilosante
É um dos tipos mais conhecidos de espondiloartrite. A espondilite anquilosante provoca uma inflamação na coluna vertebral, mas também pode se desenvolver nas costelas, ombros, quadris, calcanhares e outras áreas. O paciente costuma sofrer de dor e rigidez, mas quando a doença evolui e não é tratada corretamente pode haver uma fusão de vértebras, o que faz com que a pessoa assuma uma postura inclinada.
Artrite psoriática
A artrite psoriática é caracterizada por um processo inflamatório que pode ocorrer em diversas regiões do corpo, incluindo articulações e tendões. Um aspecto marcante da doença é a inflamação na pele, que fica avermelhada e com um aspecto escamoso. É comum que o paciente sofra de inchaço e dor nos dedos das mãos e dos pés, além de rigidez e aumento na espessura das unhas.
Espondiloartrose indiferenciada
Esta doença não possui características e diagnósticos bem definidos, pois o paciente pode sofrer de incômodos similares aos apresentados na espondilite anquilosante e na artrite psoriática, mesmo que não haja uma confirmação por exames laboratoriais ou de imagem. É um tipo de situação em que a doença não se desenvolveu completamente.
Quais os sintomas dos principais tipos de espondiloartrite?
Os diferentes tipos de espondiloartrite tem como sintomas comuns a dor, rigidez e inchaço da articulação afetada. Entretanto, cada condição vai apresentar suas próprias características, como vimos acima. Outros sintomas menos comuns são:
- Fadiga;
- Perda de apetite;
- Inchaço dos gânglios linfáticos.
Diagnóstico
O diagnóstico das espondiloartrites pode ser feito em uma consulta com um reumatologista. Além do exame físico e da análise do histórico do paciente, o profissional irá solicitar exames de imagem para confirmar o diagnóstico, como raio-x e ressonância magnética. Exames laboratoriais também são úteis durante a investigação.
Tratamento para os principais tipos de espondiloartrite
O tratamento para diferentes tipos de espondiloartrite varia de acordo com a condição e com o grau de desenvolvimento da doença, mas, de forma geral, os especialistas em problemas reumatológicos indicam o uso de anti-inflamatórios para reduzir a inflamação e a dor. Medicamentos biológicos especiais também podem ser prescritos. Para reduzir a rigidez, devolver as funções da articulação afetada e reduzir as chances de deformidade é importante passar por sessões de fisioterapia.
Por fim, quando a articulação já está muito prejudicada ou se o paciente não apresentou melhoras com o tratamento conservador, a intervenção cirúrgica passa a ser considerada.
O Dr. Marcelo Corrêa é formado pela Universidade Federal do Pará, com residência em Clínica Médica pela Universidade de Taubaté e em Reumatologia pela Escola Paulista de Medicina, com Mestrado em Reumatologia pela mesma instituição. É também editor científico de revistas internacionais.
CRM 6388
RQE 5441
Site: marceloreumatologista.com.br