Apita o árbitro, começa 2024 e o gol será em 2026
A estratégia de partidos em busca de consolidação para projetos já começa
O apito soa no campo político. O arbítrio é a agilidade de dirigentes partidários no primeiro tempo da partida mais importante antes do pleito de 2026: o ano que já chegou: 2024 e a disputa municipal de outubro. E, conforme o jornal O Hoje tem noticiado, reportado e analisado, a estratégia é comumente: buscar consolidar apoio nas bases com a vitória de prefeitos e, por conseguinte, vereadores. Com isso, construir bases fortes para a busca por vagas na Câmara Federal. De olho, claro, no fundo partidário.
E o foco é para todos os espectros políticos: direita, esquerda, ou o centro que, como se sabe, está onde o vento do voto majoritário assopra a cada quatro anos. Ou dois, em menor escala. Reportagem do jornal O Hoje recente explicou, inclusive, que, um nome para a disputa de outubro capaz de dar sustentabilidade à direita em 2024 é Vitor Hugo: Embora tenha perdido o comando do Partido Liberal (PL), do qual também faz parte o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, Vitor Hugo busca manter o protagonismo político-partidário atento às eleições municipais em 2024, mas com atenção redobrada para 2026.
Há uma consonância de discursos entre Vitor Hugo e o presidente do PL em Goiás, o senador Wilder Morais: o de que o propósito da sigla é a garantia de fortalecimento da direita goiana, sobretudo em municípios, como Anápolis.
Um exemplo claro é que Vitor Hugo lançou ano passado o Instituto Harpia Brasil. Ele explicou, à época, ao jornal o que significa: “A ideia é que seja um fórum de discussão dos problemas brasileiros. A gente quer fomentar e defender os valores da direita. Propriedade privada, livre iniciativa, liberdade econômica. Fazer manifestos, dar cursos, formar lideranças”. O cenário perfeito para consolidar o projeto para 2026.
Outro exemplo de movimentação que vem desde antes é aliança do MDB com o PL em Goiás já estaria inviabilizada em 2024. Uma fonte emedebista informou ao Jornal O Hoje que a possibilidade, quase certeira, do senador e presidente do PL goiano, Wilder Morais, disputar o governo em 2026 é a razão.
Desta forma, Wilder deve ser o principal adversário do vice-governador e presidente estadual do MDB, Daniel Vilela. O emedebista é o sucessor natural do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que deve deixar o cargo ainda no primeiro semestre de 2026 para uma nova disputa – provavelmente uma corrida ao Palácio do Planalto.
O PT Goiás também está imprimindo sua identidade na corrida eleitoral. A sigla deve investir, principalmente, nas chapas de vereador em 2024. O PT, apesar de ter o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e cerca de 45 mil filiados em Goiás, tem pouca força além dos “muros” de Goiânia e Anápolis para o Executivo.
Pelo Estado, a sigla não tem conseguido sustentar uma tradição, conforme analistas, e o PT não teria tempo e lideranças para apostar em outras cidades em relação a disputar o Executivo municipal. Assim, a informação é que o foco será apostar na eleição de um maior número de vereadores para quando chegar em 2026 ter um batalhão de formigas trabalhando no estado para eleger deputados federais e estaduais.
Vale lembrar, o partido não teve múltiplos eleitos nas principais cidades de Goiás. Em Goiânia e Anápolis, somente um em cada. Em Aparecida e Rio Verde, nenhum. Assim, o objetivo é aumentar onde já tem eleitos e levar até as Câmaras novos parlamentares da sigla.