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sábado, 23 de novembro de 2024
Megadecreto

Justiça argentina suspende reforma trabalhista de Milei, mas sindicalistas ameaçam greve

Câmara Nacional de Apelações do Trabalho atendeu pedido da CGT e derrubou medidas que flexibilizavam as leis trabalhistas

Postado em 3 de janeiro de 2024 por Vitória Bronzati
A decisão foi um revés para Milei

A Justiça argentina suspendeu, nesta quarta-feira (3), a reforma trabalhista do megadecreto que o presidente Javier Milei assinou há duas semanas, após uma ação apresentada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a mais importante confederação sindical do país.

O decreto, que é composto por mais de 300 medidas destinadas a desregulamentar a Economia, revoga e modifica leis relacionadas à atividade trabalhista, como contratos de trabalho, causas de demissão e indenização por demissão, entre outras questões.

A CGT tem feito forte oposição ao texto desde sua publicação e, após a apresentação de um projeto de lei alinhado com a postura ultraliberal de Milei, anunciou uma greve nacional para o final de janeiro.

A decisão da Justiça foi tomada pela Câmara Nacional de Apelações do Trabalho, que atendeu a um pedido de liminar da CGT. O tribunal considerou que o governo de Milei não apresentou justificativa plausível para adotar as medidas por decreto, sem o aval do Congresso.

A sentença suspendeu a aplicação das normas trabalhistas do decreto até que seja proferida decisão final sobre a questão.

O governo de Milei já anunciou que vai recorrer da decisão. Em uma entrevista coletiva, o ministro do Trabalho, Claudio Moroni, disse que o decreto é “necessário para a geração de emprego” e que a Justiça “errou” ao suspender sua aplicação.

A suspensão da reforma trabalhista é um revés para o governo de Milei, que havia anunciado que a medida seria um “marco histórico” para a economia argentina.

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