No próximo sábado, dia 6 de janeiro, o Trapiche Barnabé, em Salvador, será o palco de um evento aguardado pelos amantes do pagodão: o Festival Pagode Por Elas. Pela primeira vez em formato presencial, o festival destaca o protagonismo feminino, trazendo um line-up exclusivamente composto por talentosas cantoras de pagode da Bahia. Com início às 16h, o evento promete ser uma celebração do pagode raiz, repleto de oportunidades e, acima de tudo, uma ode à produção das mulheres no cenário musical.

Oito cantoras estão confirmadas para se apresentar, incluindo Aila Menezes, A Dama, A Travestis, Rai Ferreira, Dai, Nêssa, A Ninfeta e A Menina. O Festival Pagode Por Elas é uma iniciativa da plataforma homônima, criada em 2019 por Beatriz Almeida e Joyce Melo como parte de um trabalho acadêmico. Após uma edição virtual durante a pandemia, as expectativas para a versão presencial são altas, prometendo muita emoção, groove e, acima de tudo, um ambiente seguro para mulheres e o público LGBT.

Beatriz Almeida, co-fundadora e gerente de projetos da Pagode Por Elas, compartilha que o festival sempre foi um sonho e destaca o cuidado na curadoria para manter a autenticidade do conceito da plataforma. A presença de A Ninfeta, cantora há 15 anos, destaca a importância de fazer parte dessa revolução no pagodão, resistindo e quebrando padrões ao ser uma mulher trans no cenário musical.

A Pagode Por Elas não se limita ao festival, sendo uma plataforma abrangente que inclui podcasts, influência nas redes sociais, o Som Por Elas e até um selo musical. O projeto visa impulsionar as carreiras das mulheres do pagode baiano, e os resultados já são visíveis. Joyce Melo, diretora executiva da Pagode Por Elas, observa uma mudança positiva no cenário musical baiano, com mais pessoas reconhecendo e apreciando as cantoras mulheres do pagodão.

O Festival Pagode Por Elas não é apenas uma oportunidade para os fãs de pagodão, mas também uma celebração da resistência feminina e trans no meio musical. A experiência promete ser única, reunindo energia feminina e proporcionando um espaço de liberdade, dança e autenticidade. O evento não apenas reforça a importância da presença feminina no pagodão, mas também destaca o compromisso da Pagode Por Elas em moldar uma nova década para o gênero na Bahia.