Catalão caminha para formação de dois grupos promissores
Atual prefeito, Adib Elias, tenta encontrar nome que pode sucedê-lo enquanto alguns outros se amontoam à oposição
Outubro está bem ali, prestes a mostrar os dentes, exigindo do eleitorado brasileiro a perspicácia na hora de enfrentar as urnas e depositar nela a sua escolha para a prefeitura e Câmara de Vereadores, ou seja, prefeitos e parlamentares. Vai ser assim em todos os 5.568 municípios do país (dos quais 246 são goianos). E não é diferente para Catalão, cidade que fica, de carro, a 3 horas e 30 minutos de Goiânia e seus cerca de 115 mil habitantes.
Por lá, o grupo político está, por enquanto, sob o domínio do prefeito Adib Elias. Um figurão conhecido não apenas na região, mas nos corredores do Palácio das Esmeraldas e da Assembleia Legislativa de Goiás. Os dois poderes ficam em Goiânia. É indispensável citá-lo, o Adib, quando se fala em discussão em prol de candidatura em um ano peculiar como o de 2024. No segundo mandato (está prefeito pela quarta vez) também foi deputado estadual três vezes, Adib quer – e precisa – fazer um sucessor.
É a máxima de o político bambambã da vez escolher, por conveniência e/ou confiança, um nome capaz de vencer o pleito para dar sobrevivência política ao seu grupo e não ter dor de cabeça ao perder o poder. Às vezes dá muito trabalho para tomá-lo de volta. Não é diferente para Adib Elias que, como todo nome considerado osso duro de roer, vai precisar mandar um recado ao seu eleitorado: é neste aqui que é para ser votado, viu, meu povo? Médico, Adib é querido na cidade. Sabe administrar. Não tem papas na língua, mas é um querido pelo eleitorado.
Enquanto a oposição vai configurando nomes capazes de enfrentar Adib e o poderio da máquina, o mandatário vai testando alguns “escolhidos” ainda não oficiais, como Nelson Fayad. Ao mesmo tempo, surge, no páreo, um popular político da cidade, o ex-prefeito Velomar Rios, que está no Podemos.
A novidade, que nem é tanta assim, contudo, é a disposição de um candidato da esquerda, Ismael Calon, do PSOL de Guilherme Boulos – o deputado federal de São Paulo. Ele, que tem milhares de seguidores nas redes sociais, tem o apoio dos ciganos, comunidade da qual faz parte. Crítico do atual prefeito, Ismael quer fazer mudanças significativas na prefeitura. Claro, é o discurso de qualquer um que, de repente, amanhece pré-candidato a um cargo do executivo.
Outro nome que vem sendo citado nos bares e praças da cidade é o do economista do Partido dos Trabalhadores Paschoal. Professor da Universidade Estadual de Goiás, o nome dele é bem avaliado pela executiva estadual da sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele tem o apoio, inclusive, do federal Rubens Otoni e do ex-deputado Luis Cesar Bueno. Como não é de se espantar, o economista também conta com o impulso do pai, ex-deputado, ex-presidente da Alego e do Tribunal de Contas do Estado de Goiás Enio Paschoal.
Com isso, a lista, por enquanto, de pré-candidatos, sem as alianças que alinham, de fato, o que deve concluir em coligações, têm, além do economista, Elder Galdino (MDB), Gustavo Sebba (PSDB), Nelson Fayad, Renato Ribeiro (PL) e Velomar Rios (Podemos). E, claro, o Ismael Calon.