SES-GO instala Sala de Situação para Arboviroses em Águas Lindas de Goiás
Enquanto aguardam uma definição do Ministério da Saúde sobre o início da vacinação contra a dengue, Estado e municípios elaboram estratégias de combate ao mosquito
Enquanto aguarda uma definição do Ministério da Saúde sobre o início da vacinação contra a dengue, previsto para o mês de fevereiro deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), juntamente com os municípios goianos, elaboram estratégias de como combater o mosquito e prevenir contra a dengue.
Para isso, a SES-GO implantou ainda no mês de dezembro do ano passado a sala de “situação para arboviroses”, com o objetivo de unir esforços para traçar estratégias de combate ao mosquito Aedes Aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya, durante o período chuvoso.
O grupo de trabalho é integrado por representantes de diversas áreas da pasta, como as Superintendências de Vigilância em Saúde (Suvisa), de Política de Atenção Integral à Saúde (Spais) e Regulação, além de equipes da Defesa Civil Estadual e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO).
As ações de combate passam por atribuição do município e da SES-GO. Enquanto o município é responsável pelas ações de combate ao vetor, de combate ao mosquito, como as visitas às casas pelos agentes de endemia, a Secretaria promove a capacitação dos servidores, o envio do veneno, compras e envio de bombas e demais materiais necessários para os municípios.
No caso dos municípios que aparecem acima da média em relação ao aumento do número de casos, recebem auxílio do governo tanto na questão do controle do vetor quanto da assistência, segundo a SES-GO.
Como resultado desse combate, foi criada uma sala de Situação para monitoramento das arboviroses – dengue, zika e chicungunya, em Águas Lindas de Goiás nesta segunda-feira (15). De acordo com a SES, o município está com um número grande de casos. O objetivo do projeto é acompanhar em tempo oportuno, os casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, com duas reuniões diárias entre representantes da gestão da SES e do município.
Além de representantes da saúde, participam dessas reuniões representantes da educação, da infraestrutura, do meio ambiente, do Corpo de Bombeiros Militar e da defesa civil. Além disso, a sala de situação acompanhará de perto a quantidade de leitos, de medicamentos e de insumos, verificando em que ocasiões o Estado pode reforçar apoio.
Vacina
O Ministério da Saúde informou na última sexta-feira (12), que acompanha com atenção e interesse os estudos relacionados à vacina contra a dengue no Brasil e no exterior, que ajudarão a compreender os avanços do imunizante no futuro.
Em dezembro do ano passado, a vacina Qdenga foi incorporada no Sistema Único de Saúde (SUS), tornando o Brasil o primeiro país do mundo a oferecê-la no sistema público universal. No entanto, a vacinação não será feita em larga escala em um primeiro momento, devido à capacidade limitada de produção do fabricante.
Uma das pesquisas em andamento é feita no município de Dourados (MS) e é liderada pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), em parceria com o fabricante da vacina. O estudo do imunizante é coordenado pelo professor e pesquisador Júlio Croda – um dos especialistas colaboradores da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI).
A expectativa é vacinar 150 mil moradores sul-matogrossenses entre 4 e 59 anos da cidade até agosto deste ano. Os resultados sobre a efetividade da iniciativa serão conhecidos ao longo dos próximos meses, segundo a pesquisa.
O imunizante é aprovado para a prevenção da dengue na União Europeia (UE)/Espaço Econômico Europeu (EEE) — incluindo todos os Estados-Membros da UE e Irlanda do Norte, bem como países do EEA (Islândia, Liechtenstein, Noruega) e Grã-Bretanha. A orientação nestes países, é vacinar os viajantes para áreas endêmicas. Indonésia e Tailândia também aprovaram o registro da vacina, assim como a Argentina, que ainda não incorporou o imunizante ao sistema de saúde local.
No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) contará com a ajuda dos especialistas da CTAI para definir as estratégias dos públicos e locais prioritários, já que o esquema vacinal exige duas doses com um intervalo de três meses.