Policarpo pesa prós e contras de reeleição e vice em Goiânia, dizem aliados
Fontes falam em indefinição, mas nova disputa a Câmara Municipal teria “mais peso”
Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, o vereador Romário Policarpo (PRD) analisa disputar a reeleição ou o paço da capital, como vice na eventual chapa do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado estadual Bruno Peixoto (União Brasil). A avaliação é de aliados do parlamentar goianiense.
No momento, Policarpo pesa os prós e os contras dessa decisão. “Está indefinido, mas o mais provável, hoje, é que seja candidato à reeleição”, relata uma fonte ligada ao vereador. Entre as vantagens de buscar novamente uma cadeira na Câmara, trata-se de uma eleição conhecida. “Ele está com o caminho pavimentado, a presidência deu visibilidade”, destaca um entrevistado.
Em relação aos contras, a manutenção do cargo retarda o projeto político de disputar a prefeitura de Goiânia. “Mas um vereador jamais se elegeu prefeito direto, da Câmara para o Paço”, lembrou a fonte.
Já sobre a corrida pelo paço como vice-prefeito, é uma situação que ampliaria a visibilidade de Romário, além de ser boa para o projeto futuro à prefeitura, ganhando ou perdendo, avaliam aliados. A desvantagem é que pode causar uma tensão na relação com o prefeito Rogério Cruz (Republicanos). “Pode levar a um desembarque do paço, a depender dos destinos de Bruno e Rogério.”
A fonte ainda pontua que, caso o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) apoie Bruno, Romário tem grandes chances de ser vice. Mas sendo vereador, Policarpo ainda pode ser presidente mais uma vez.
E se reelegendo, o vereador também deve sair deputado federal em 2026. “O mandato de federal abre os caminhos para disputar a prefeitura. Esse é o caminho. Goiânia busca prefeitos com experiências anteriores, políticos mais maduros. Historicamente é assim.”
Dificuldades do vice
Outro aliado de Romário vê alguns problemas no vereador assumir a vice em primeiro mandato. De acordo com ele, não é incomum que o chefe do Executivo troque o companheiro na reeleição. Vale lembrar, o próprio Caiado trocou o Lincoln Tejota (União Brasil) por Daniel Vilela (MDB).
“Não é uma escolha pessoal do candidato, é uma escolha partidária. Então, daqui quatro anos o que vai ser? Compensaria se ele fosse vice do Rogério”, analisa. “A desvantagem do vice é você ficar apagado. O Bruno trabalha dia e noite, ele não para. Ele nem deve viajar [se for eleito]. Então, a possibilidade dele [Romário] assumir é muito pequena.”
Na Câmara, Policarpo manteria um mandato e poderia ter o comando da Casa. “Ele pode estar na mesa diretora, na próxima. Se ele não for presidente, ele pode estar no meio, elegeu o grupo”, detalhou.
O próprio presidente da Casa fala pouco. É reservado. Dessa forma, conseguiu permanecer por vários anos à frente da mesa diretora. Como “vice” de Rogério – o prefeito não tem vice, então Romário é primeiro na linha de sucessão –, goza de prestígio na prefeitura.
Já teve momentos delicados com o paço, mas hoje mantém uma relação. A decisão, avaliam pessoas próximas, só ocorrerá no momento oportuno. Nada de “queimar largada”. Enquanto isso, Romário segue pesando os prós e contras. “O tempo todo”, garante um aliado.