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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Corrida Eleitoral

2° lugar em Anápolis, Márcio Correa é otimista 

Suplente de deputado federal, o empresário Márcio Correa é o consenso da maioria dos políticos da direita bolsonarista para concorrer sob a benção de Bolsonaro na cidade

Postado em 18 de janeiro de 2024 por Yago Sales
Márcio é apontado como o nome de consenso da base do governador Ronaldo Caiado na cidade | Foto: Reprodução

A única certeza que se tem na política de Anápolis é: Antônio Gomide é o favorito para (voltar) a ocupar o posto de prefeito do atual mandatário Roberto Naves (Republicanos). Deputado estadual, Gomide parece ser uma resultante do acaso. Ao mesmo tempo, o segundo nome – em disparada – mais popular na corrida eleitoral é o do dentista e empresário Márcio Correa, presidente do MDB municipal. 

Da direita raiz, daquela que tem orgulho de citar o ex-presidente Jair Bolsonaro, tem até foto com o político polêmico, Márcio é apontado como o nome de consenso da base do governador Ronaldo Caiado na cidade. 

Enquanto Gomide é o candidato do PT do presidente Lula da Silva, Márcio Correa é do staff de bolsonaro em Goiás, o nome do atual prefeito Roberto Naves deve ser o vice dele, Márcio Cândido. Márcio, o Cândido, claro, é do PSD do senador Vanderlan Cardoso e, em recente entrevista a um jornal, afirmou que é o candidato da direita anapolina. Todos de olho, óbvio, no espólio do bolsonarismo na cidade. 

É preciso ressaltar que, embora o petista Gomide esteja na frente de candidatos da direita na cidade, a tendência do município – colocando no xadrez os bonecos de Lula e Bolsonaro – é a preferência pelo homem da direita que recebeu, em Anápolis, 63,03%, ao passo que Lula alcançou ‘apenas’ 27,88%. 

Em entrevista ao jornal O Hoje na tarde desta quarta-feira (17) Márcio Correa confirmou que tem conversado bastante com o Victor Hugo, o que significa, quase que na prática, do que falar com o próprio Jair Bolsonaro, mesmo que exista uma figura mais pontual, como o presidente do PL, o senador Wilder Morais. “Há uma boa chance de estarmos juntos. Estamos em viagem, mas na próxima semana, possivelmente, definiremos um caminho. Ele também está pensando nisso”, destacou ele. 

Márcio também afirmou que está debruçado sobre calhamaços de pesquisas que, ele mesmo diz, apontam o petista Antônio Gomide à frente. “Estou bem posicionado, abaixo dos 10 pontos. Entretanto, é prematuro definir algo, já que o eleitor começa a se envolver mais este ano”. 

Sobre a relação com o atual prefeito Roberto Naves, Márcio nega a expressão, mas parece não querer nem saber do político que vive atualmente o fim do mandato, mas com um protagonismo interessante como presidente do Republicanos goiano. 

O repórter indaga: “Vocês têm conversado? Houve algum avanço?” Ao que ele, categórico, diz: “Não, o Roberto deve lançar o candidato dele. Mantivemos uma posição de oposição ao prefeito por sete anos. Vamos manter nossa coerência, considerando que ele não foi eficiente na gestão da cidade”.

E qual passo deve dar: “Buscamos um caminho alternativo ao PT, que já teve sua oportunidade na cidade. Fazemos pesquisas qualitativas para entender o sentimento do eleitor em relação ao futuro da cidade. Se encaixarmos nesse perfil, teremos um projeto sólido nas eleições”, disse ele. 

Sem criticar uma vírgula a mais ao Roberto Naves, volta a comentar sua relação com o partido de Valdemar Costa Neto, PL. “É natural eu me aproximar devido ao meu discurso de oposição em Brasília e à convergência de ideias com o Major Vitor Hugo. Estamos dialogando e definindo nossa visão para a cidade. Pode ser que caminhemos juntos no processo eleitoral. Essa é a ideia, mas teremos uma definição nos próximos dias”.

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