Goiânia registra primeiro caso de raiva em morcego deste ano
Os morcegos encontrados em Goiânia não se alimentam de sangue, mas sim de frutas e insetos. Mas caso eles se sintam ameaçados, podem morder uma pessoa, cães ou gatos
Foi registrado o primeiro caso positivo de raiva em morcego, em Goiânia, do ano de 2024. O animal da espécie “Eptesicus diminutus”, que se alimenta de frutas, foi encontrado morto no dia 6 de janeiro, no Setor Chácaras de Recreio Samambaia, e foi confirmado o diagnóstico no dia 11 de janeiro.
O Departamento de Vigilância em Zoonoses (DVZ) informou que nenhuma pessoa teve contato com o animal, apenas dois cachorros que já estavam vacinados e que após o contato, tiveram o reforço da vacina antirrábica e estão sendo monitorados.
O gerente de Controle de Animais Sinantrópicos, Wellington Tristão, conta que nesses casos, o Ministério da Saúde (SMS) não preconiza a vacinação em massa.
Os morcegos encontrados em Goiânia não se alimentam de sangue, mas sim de frutas e insetos. Mas caso eles se sintam ameaçados, podem morder uma pessoa, cães ou gatos.
Em 2023, Goiânia registrou casos de morcegos com raiva nos setores Leste Universitário, Vila João Vaz, Negrão de Lima, Parque Tremendão, Setor Vila Nova e Criméia Leste com dois casos.
O que é a raiva?
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae.
A doença é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.
Como evitar?
Nos casos de acidentes com animais domésticos, silvestres e principalmente morcegos, a pessoa deve procurar uma Unidade de Saúde o mais rápido possível para avaliação da profilaxia de raiva adequada para o caso.
Ao se deparar com um morcego morto, caído ou encontrado em horário e local não habitual, por exemplo, pousado em local claro durante o dia, entrar em contato com a Vigilância em Zoonoses para ser feito o recolhimento do animal, pelos telefones (62) 3524-3131, 3524-3124 em horário comercial e (62) 3524-3130 no período noturno.
Evitar contato físico com o morcego, isolando-o com panos, caixas de papel ou balde, ou mantê-lo em ambiente fechado para aguardar a captura por pessoas capacitadas.
Informar à Diretoria de Vigilância em Zoonoses se cães e/ou gatos da residência/local de trabalho tiverem contato com morcegos.
Manter cães e gatos (maiores de 3 meses) com a vacinação antirrábica em dia (uma vez ao ano), seja na campanha de vacinação ou nos postos permanentes disponíveis durante todo o ano (Sede da Diretoria de Vigilância em Zoonoses e Hospital Veterinário da Escola de Veterinária e Zootecnia/UFG);
Os morcegos são animais de extrema importância para a natureza, portanto, quando voando livremente no período noturno não são considerados animais suspeitos, e nessas condições não oferecem risco desde que não sejam manipulados.
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