Prefeitura de Aparecida paga 35 milhões por desapropriação do Hospital Garavelo
Hospital Garavelo, no Setor Garavelo Residencial Park, em Aparecida de Goiânia
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia adquiriu o Hospital Garavelo, onde vai instalar uma nova maternidade. O valor pago pela unidade foi de cerca de R$ 35 milhões, segundo informou o Secretário da Fazenda de Aparecida de Goiânia, Einstein Paniago, ao jornal O Hoje, durante entrevista nesta quarta-feira (23).
A Secretaria Municipal de Saúde, no entanto, não quis comentar como vai ser a transição para a gestão do município. A reportagem apurou, no entanto, que, por enquanto, não existe nenhum processo para contratação de Organização Social, o que pode significar que a prefeitura utilizará o próprio quadro de servidores.
No início de janeiro deste ano, o secretário de Comunicação do município, Ozéias Laurentino, destacou também que um dos propósitos da agenda do prefeito no primeiro trimestre do ano era a inauguração da Maternidade Municipal Garavelo. O município vai sair de 22 leitos – que era da Maternidade Marlene Teixeira, na Vila Brasília – para 121 leitos.
Desde o início de 2023 que a Prefeitura estuda a compra da unidade de saúde privada para abrigar uma maternidade pública. O município possui apenas uma unidade dedicada diretamente ao atendimento de parturientes.
Em novembro o prefeito Vilmar Mariano (MDB) chegou a dar novas declarações afirmando a instalação da unidade de saúde, durante a abertura do Mutirão de Aparecida. Na ocasião, o prefeito chegou a afirmar que a Maternidade seria construída com verbas provenientes do Ministério da Saúde. Vilmar também falou na época que o projeto visa a criação de novos leitos destinados a ala obstetrícia, além de áreas destinadas à saúde da mulher e atendimento pediátrico.
Agora, Aparecida aguarda o prazo de posse de adequação do hospital para ser implantada. Ao ser questionado se há previsão de terceirização de serviços, o secretário afirmou que esta é uma tratativa da pasta da saúde, mas salientou que até o momento não tem processo de terceirização em andamento, apesar de que possa ser uma opção futura. “Vamos primeiramente valorizar a prata da casa?”, disse à reportagem, jogando a definição para a Saúde que, por sua vez, preferiu não comentar o assunto.
Paniago, no entanto, afirma que o prefeito Vilmar gosta de valorizar os servidores públicos antes de entregar o hospital à iniciativa privada.
Atualmente a cidade conta com a Maternidade Marlene Teixeira, que oferece serviços de urgência obstetrícia para gestantes de baixo risco, onde são feitas cirurgias e partos. É possível ainda fazer exames como ultrassonografias, CTG, além de outros procedimentos. No entanto, na maternidade não há leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal.
Com colaboração de Yago Sales