EUA realiza execução inédita por asfixia com nitrogênio em prisioneiro
Condenado por homicídio em 1988, Kenneth Eugene Smith foi o protagonista da primeira aplicação desse novo procedimento de execução
O Estado do Alabama, nos Estados Unidos, marcou um capítulo inédito em sua história penal ao executar, na última quinta-feira (25), Kenneth Eugene Smith, de 58 anos, utilizando o método de asfixia com nitrogênio, nunca empregado no país.
Condenado por homicídio em 1988, Smith foi o protagonista da primeira aplicação desse novo procedimento de execução, declarado oficialmente pela governadora Kay Ivey às 23h25.
“Em 18 de março de 1988, a vida de Elizabeth Sennett, de 45 anos, foi brutalmente tirada dela por Kenneth Eugene Smith”, informa a governadora.
Morte por asfixia com nitrogênio
A execução de Smith ocorreu quando agentes penitenciários aplicaram uma máscara em seu rosto, levando-o a inalar gás nitrogênio puro. Essa inalação resultou na morte por falta de oxigênio. Cinco jornalistas foram liberados para acompanhar a execução, e seus relatos destacam que o prisioneiro aparentou consciência por minutos, tremendo antes de sua agonia final. Segundo as autoridades do Alabama, a expectativa era que Smith ficasse inconsciente em menos de um minuto, mas a realidade divergiu.
Kenneth Smith já havia vivenciado uma tentativa de execução em 2022, quando a injeção letal falhou por falta de uma veia adequada. A execução de Smith reacendeu debates sobre a ética e eficácia dos métodos de pena capital nos Estados Unidos. Testemunhas, incluindo o pastor dele, Jeff Hood, destacaram a angústia vivenciada pelo prisioneiro e a necessidade de repensar a aplicação da pena de morte por asfixia.