O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcou presença na comemoração dos 90 anos da Universidade de São Paulo (USP), em evento na Sala São Paulo, região central da cidade, destacando a importância da instituição na formação de líderes e personalidades do país. Durante a cerimônia, Lula recebeu a Medalha Armando de Salles Oliveira, reconhecimento da USP a figuras e instituições que contribuíram significativamente para seu desenvolvimento. 

Em seu discurso, Lula elogiou a diversidade da USP e anunciou a apresentação de medidas para a educação brasileira ao lado do ministro da Educação, Camilo Santana, em evento programado para esta sexta-feira (26) no Palácio do Planalto.

Ao elogiar o vice-presidente Geraldo Alckmin, Lula destacou a importância das parcerias democráticas para fortalecer a democracia no Brasil, enfatizando que divergências políticas não impedem a colaboração. A antecipação das medidas para a educação, ao lado do ministro Camilo Santana, sugere um compromisso do governo em promover avanços nessa área.

“Vamos fazer uma apresentação de como encontramos a educação, a ciência, e as universidades, o que já fizemos e vamos falar sobre o que está programado fazer a partir desse ano”, disse Lula.

Lula adiantou que as medidas a serem anunciadas têm como propósito oferecer oportunidades para que jovens brasileiros se tornem “gênios”, evitando a perda de talentos para o exterior. 

Ao receber a Medalha Armando de Salles Oliveira, Lula expressou sua gratidão à USP, mesmo não tendo tido a oportunidade de estudar na instituição. “Eu fui muito ajudado a construir tudo o que nos fizemos nesse país por muitas mulheres e homens da USP, por isso obrigado à USP”, disse.

Destacando o caráter miscigenado da USP, Lula enfatizou que a instituição não é mais centrada apenas em São Paulo, representando agora a diversidade e a inclusão de estudantes de origens diversas, incluindo aqueles que antes não viam a universidade como uma possibilidade.

Lula ressaltou que, atualmente, mais da metade dos estudantes da USP provêm de escolas públicas, evidenciando que a universidade, mesmo com a adesão ao sistema de cotas, está abrindo portas para estudantes de diversas origens socioeconômicas. 

“É preciso muito esforço individual e é preciso agarrar todas as oportunidades que o governo oferece à parcela menos favorecida da juventude brasileira”, finaliza o presidente.