Dois caminhões com carregamento superior a 38 metros cúbicos (m³) de madeira amazônica extraida de forma ilegal foram apreendidos pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) nos dias de segunda-feira (29) e terça-feira (30). Para se ter uma noção, a lenha extraída seria convertida em até 927 tábuas de madeira, e se forem enfileiradas poderiam medir mais de cinco quilômetros.  

O caso ocorreu no município de Uruaçu em que ambos os motoristas foram abordados por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na barreira policial da cidade na BR-153. Além disso, os dois condutores não tinham o documento de origem florestal (DOF) que pode regularizar a extração vegetal. Sendo assim, a extração, venda e a recepção de origem vegetal e mineral sem a documentação ambiental é considerada um crime ambiental passível de multa e um ano de prisão.

De acordo com a PRF, o suspeito do primeiro caminhão levava mais de 3 m³ de madeira amazônica da espécie chamada Angelim Vermelho, e falou para as autoridades que saiu do Pará com destino ao Paraná. Enquanto isso, o segundo suspeito levava mais de 35 m³ de madeira da espécie Acapu, também amazônica, e falou que tinha destino para o município de Anápolis. Segundo o Semad, ambas as madeiras são consideradas “madeiras nobres” e são cobiçadas para ser usadas na construção civil.

Os dois caminhões foram apreendidos pelas autoridades e a madeira coletada será doada para a construção da duplicação da GO-213, entre o município de Morrinhos e Caldas Novas, sendo feita pelo Exército Brasileiro. De acordo com o capitão Ulisses Costa, em nota, parte da madeira já foi utilizada enquanto a outra metade está guardada. “Já utilizamos parte da madeira na construção da usina de asfalto e do posto de gasolina que darão suporte à obra. O posto terá dois tanques de 30 mil litros cada e a fundação vai ser com estaca de madeira”.