A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia (SMS) fez uma ação conjunta nesta quarta-feira (07) contra a dengue no bairro Colina do Sul, devido ao aumento de casos observados no município. De acordo com Edson Fernandes, coordenador do Centro Zoonoses, esta foi a primeira ação que se dará no município inteiro ao longo do período de chuva e reuniu mais de 200 agentes da vigilância ambiental, sanitária e da saúde.

Grande parte dessa ação foi de intuito educativo em visitas a domicílios e comércios no bairro, segundo o gerente, foram mais de 3 mil locais averiguados na manhã do dia 07 pelo alto índice de infecção em comparação com outras regiões. “A gente fez um mutirão com agentes de saúde e fomos em vários locais como casas, comércios, escolas, unidades de saúde e encontramos muitos focos e criadouros do mosquito da dengue nas residências das pessoas, cerca de 70% dos focos eram intra-domiciliares”, diz ele à reportagem.   

O motivo para isso, disse ele, era pelo fato de muitas pessoas estocarem a água da chuva em barris e potes para o uso pessoal, que pode causar a criação de focos do Aedes Aegypti. Além disso, disse que o descarte indevido do lixo doméstico, como em locais abertos, pode também causar a proliferação do mosquito por abrigar pequenas poças de água. Para se ter uma noção, ele diz que o casulo do Aedes Aegypti pode ficar até um ano em estado de hibernação a espera de umidade, em específico, no período da chuva.  

O gerente ainda diz que esta só foi a primeira ação de sondagem na região, a próxima etapa será a pulverização com o fumigador nesta próxima sexta-feira (09) que tem como missão matar os insetos adultos. Contudo, diz que só essa iniciativas não serão o bastante para controlar a doença e que as pessoas precisam se conscientizar acerca do problema. “Apesar das nossas ações nós ainda precisamos da ajuda da população para controlar a dengue porque ela pode ser perigosa, temos alguns casos de dengue tipo 2 no município. Então as pessoas precisam entender que não podem acumular água de jeito nenhum, nem dentro nem fora de casa”.

Além disso, foi feita a retirada de mais de cinco mil pneus abandonados pelo Centro de Zoonoses por poderem ser locais de criadouro em épocas de chuvas. Com isso, o coordenador disse que esta só foi a primeira etapa de uma grande iniciativa nas mais de cinco regiões do município com índice de contágio pelo mosquito.