Ramagem teria recebido informações da Abin sobre operações realizadas no Rio de Janeiro
Victor Felismino Carneiro, sucessor de Ramagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), afirma que não teriam sido compartilhados documentos oficiais | Foto: Agência Senado
Alexandre Ramagem (PL), deputado federal e ex-diretor-geral da Abin, teria recebido informações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) após deixar o cargo na instituição. As informações consistiriam em listas de operações ocorridas no Rio de Janeiro, acompanhada de uma relação dos respectivos custos, e teriam sido repassadas por Victor Felismino Carneiro, que ocupou o lugar do deputado no órgão.
Em entrevista ao O Globo, Carneiro afirmou que o fluxo de informações e que teria, sim, entregue documentos a Ramagem. “Entrei em contato e passei informações referentes à operação no Rio, mas não era documento oficial”, falou Carneiro.
As informações
De acordo com a entrevista, quando os assuntos foram repassados a Ramagem, a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso Nacional e a Abin iniciaram o início de coleta de dados acerca da utilização de recursos da agência durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nunca houve comprovação sobre as supostas irregularidades do uso de verbas. “Foi um fato específico. Eu estava na linha de tiro. Por isso, procurei Ramagem”, argumentou Victor.
Segundo o regramento da Abin, Ramagem poderá responder administrativamente e, até mesmo, criminalmente. Entretanto, para que isso ocorra, é necessária a comprovação de que as informações foram repassadas a terceiros.