Bolsonaro pede anistia para presos por atos golpistas em ato na Paulista
Bolsonaro também negou ter tentado dar um golpe de Estado
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu, neste domingo (25), a anistia aos presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro em discurso durante ato na Avenida Paulista, em São Paulo. A convocação do evento, que reuniu milhares de apoiadores, partiu do próprio Bolsonaro e ocupou cerca de seis quarteirões da via.
“O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar maneira de nos vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados. É por parte do Parlamento brasileiro (…) uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. A conciliação. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridades no Brasil. Agora nos pedimos a todos 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia para seja feita justiça em nosso Brasil”, disse o ex-presidente.
Na oportunidade, Bolsonaro também negou ter tentado dar um golpe de Estado. Ele, ex-ministros, assessores e militares são alvos de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga essa tentativa.
Entre os presentes no ato, estavam a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia, os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); e Santa Catarina, Jorginho Mello (PL); o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto; os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO), Nikolas Ferreira (PL-GO) e Carla Zambelli (PL-SP); o senador Magno Malta (PL-ES); o ex-deputado federal João Roma (PL); e outros.
Discursos de apoio
Os apoiadores de Bolsonaro começaram a chegar pela manhã e os discursos tiveram início por volta das 14h30. O ex-presidente chegou por volta das 15h, acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Além de Bolsonaro, discursaram Valdemar da Costa Neto, Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Silas Malafaia e parlamentares apoiadores do ex-presidente.
Em geral, os discursos focaram na defesa de Bolsonaro e do seu governo. Valdemar discursou antes da chegada de Bolsonaro – os dois estão proibidos de se encontrar por serem ambos investigados pela tentativa de golpe. O presidente do PL disse que, “graças aos eleitores de Bolsonaro”, a legenda se tornou o “maior partido do Brasil”.