Tocava violão e vendia espetinho na 44: a vida do serial killer que bebia sangue das vítimas
Reportagem do jornal O Hoje visitou local onde suspeito vivia e atraia vítimas; marcas de sangue foram encontrada por cômodo
“Discreto”, “educado” e “calado” quando sóbrio e “brincalhão”, “tocador de modão” e “orgulhoso” dos crimes que cometeu quando embriagado ou sob efeito de drogas. Este era o perfil do homem de 51 anos preso no último domingo (25) suspeito de matar ao menos cinco pessoas em situação de rua em Goiânia. Ele teria repetido o modus operandi de, além de cometer o homicídio, beber o sangue, arrancar o coração e queimar o corpo de vítimas.
No cômodo em que vivia tinha uma cama, um fogão, uma geladeira e um varal em que estendia roupa. Ao ser preso, homem vivia com uma mulher que, segundo a Polícia Civil, não sabia da série dos crimes.
A maioria dos homicídios teria ocorrido em uma sala comercial transformada em moradia no Setor Norte Ferroviário, a duas quadras da Rodoviária de Goiânia e Rua 44, onde, quando escurecia, o homem vendia espetinho em uma das barracas.
O delegado Marcus Cardoso disse nesta quarta-feira (28) à reportagem que o suspeito trabalhava com reciclagem. Por isso, disse o policial, o homem conseguia transportar os corpos das vítimas até local de desova usando um carrinho.
A reportagem conversou com proprietário de um Ferro-Velho na mesma rua onde o suspeito residia, mas ele negou que o conhecia. “Ninguém aqui sabe nem quem é”, disse ele.
O homem foi morar no cômodo no final de novembro do ano passando, assim que ele deixou a cadeia. Usava uma tornozeleira eletrônica desligada, o que chamava atenção da vizinhança. “Ele disse que matou para se vingar”, comentou uma vizinha, sob anomimato.
À tarde, conforme outra vizinha, o homem era visto na porta de casa tocando música sertaneja antiga, tipo modão, sempre com alguma garrafa de pinga ao lado.
O suspeito, conforme o delegado, confirmou três dos cinco homicídios dos quais é suspeito.