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sábado, 23 de novembro de 2024
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Arte Goiana

Encontro cultural e de inclusão

Projeto de Dinamização do Centro Cultural Martim Cererê com programação, totalmente gratuita, acontece de março a julho, com ações semanais

Postado em 1 de março de 2024 por Letícia Leite
Trabalho coletivo

O público goianiense terá a oportunidade de participar de uma programação especial com o lançamento do projeto ‘Dinamização Martim Cererê’, trabalho coletivo, que tem como propósito a movimentação e fortalecimento do espaço cultural, que é um dos mais instigantes e históricos espaços de fruição cultural de Goiânia. O evento acontece neste sábado (2), a partir das 19h, com entrada gratuita, e tem como palco um dos principais equipamentos culturais da capital, o Centro Cultural Martim Cererê. 

O público contará com a palestra ‘Acessibilidade e o fim do capacitismo nas artes’, com Brazil Nunes, no Teatro Pyguá, a partir das 19h; a instalação permanente de coletores de resíduos recicláveis, do projeto ‘Volta e Recria’, do Ciclo Trash em parceria com a Cooperativa Beija-Flor; e para encerrar a noite, a música de Pádua e Tom Chris, que apresentam o show ‘Por Outros Cantos’, no Teatro Yguá. 

Na próxima semana, no dia 9 de março, a programação será em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, por isso será a vez de Rainy Ághata e Regina Jardim apresentarem o Show Quintal Verde Anil, a partir das 19h. 

O projeto é uma iniciativa do Estado de Goiás, por meio da Secult Goiás e da Lei Paulo Gustavo de Goiás. Um esforço conjunto, destinado a promover o encontro entre fazedores de cultura, artistas, produtores, pensadores e o público, enriquecendo o cenário cultural goiano, através de uma programação diversificada, que envolve música, cinema, meio ambiente, circo, teatro, gastronomia, moda, cursos, palestras, programação para mulheres e comunidade LGBTQIAPN+,  inclusão de Pessoas com Deficiência, entre outras ações.

Mais que evento, fomento

Segundo seu coordenador, Wellington Dias, esse é um trabalho que vai além da produção de eventos. Trata-se de criar uma ambiência, ao longo de cinco meses, de forma a atrair o público, mas também, e principalmente, mais realizadores, para esse que é um espaço que oferece uma estrutura ímpar na cidade de Goiânia, e que nem sempre é bem explorado pelos artistas locais e nacionais.

Wellington reforça: “O que queremos é que haja entretenimento ao longo do projeto, mas também muita formação e espaço de troca. Como por exemplo com os cursos de elaboração de projetos voltados para mulheres e a comunidade LGBTQIAPN+, além de eventos de discotecagem, gastronomia, encontros de brechós, ações ambientais, encontros de casas de ballrooms, espetáculos infantis, uma feira da diversidade e um encontro de festivais de cinema da América Latina. São todas programações que se conectam através de um propósito maior, que é o de revitalizar o Martim Cererê. Eu sou do teatro, e sei bem o que significa esse espaço para quem cria, produz e encena espetáculos cênicos. O Martim Cererê está nos corações de muitos artistas e frequentadores de eventos culturais. Esperamos recriar e reforçar esse sentimento, promovendo a ocupação sustentada do nosso Martim Cererê”.

A valorização de um espaço histórico para as artes goianas

A história do Martim Cererê remonta ao início da década de 80, quando foi fundado como uma casa de espetáculos e espaço de manifestações culturais. Seu nome é uma homenagem ao livro ‘Martim Cererê’ do escritor Cassiano Ricardo. Contando com duas salas de espetáculos, construídos dentro de antigas caixas d´água, os teatros Yguá e Pyguá, com capacidade para 190 e 300 pessoas, respectivamente, além de um teatro de Arena, um bar e jardins que também servem às programações ao ar livre, o ambiente foi pensado para as diversas formas de expressão cultural e artística, e principalmente para a sociabilização de seus frequentadores, que ao entrar no Centro Cultural, podem sentir um clima de envolvimento e circularidade dos processos que ocorrem ali dentro.

Ao longo dos anos, o Martim Cererê sofreu com períodos de abandono, tanto quanto contou com retomadas promovidas por gestores públicos ou mesmo por artistas e produtores independentes. Ao longo de anos de ações abertas ao público,  tornou-se um ponto de encontro para artistas, músicos, escritores e entusiastas da cultura em geral.

Em 2018 foi iniciado um processo de revitalização, que visou resgatar a importância e o potencial cultural do local. A revitalização incluiu a reestruturação física do espaço, melhorias nas instalações, ampliação da infraestrutura e a implementação de um novo projeto de gestão, com o objetivo de fomentar e fortalecer a produção cultural local.

Atualmente, o Centro Cultural Martim Cererê é reconhecido como um espaço de vanguarda e experimentação artística em Goiânia. O espaço desempenha um papel fundamental na difusão da cultura goiana, valorizando as expressões artísticas locais e proporcionando um ambiente propício para a troca de experiências e o surgimento de novos talentos. É um espaço que celebra a diversidade cultural e contribui para o enriquecimento da vida cultural da cidade e do estado de Goiás como um todo.

O local abriga diversos eventos, como shows, exposições, peças teatrais, feiras de artesanato e festivais, oferecendo uma programação diversificada que contempla os mais variados segmentos artísticos.

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