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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Cuidados

Câncer de intestino: saiba as causas e como identificar os sintomas

A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é de 44 mil casos de câncer de colorretal ao ano.

Postado em 4 de março de 2024 por Ronilma Pinheiro
A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é de 44 mil casos de câncer de colorretal ao ano. | Foto: Reprodução

O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, é caracterizado por tumores que surgem na parte do intestino grosso. A explicação é do médico oncologista Helio Borges. De acordo com o especialista, este tipo de câncer tem origem na mucosa que reveste o intestino, e é chamado de adenocarcinoma.

A doença é o segundo tipo mais frequente de câncer, ficando atrás do câncer de mama, no caso das mulheres. Já no público masculino, a anomalia perde apenas para o câncer de próstata, com exceção dos tumores de pele não melanoma. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é de 40.990 ao ano, sendo 20.520 casos em homens e 20.470 mulheres.

Uma das principais características do câncer de intestino é a forma silenciosa como se desenvolvem esses tumores, que na maioria das vezes tem origem em pequenas lesões chamadas pólipos que, apesar de benignos, são precursores da doença. Assim, a doença pode se desenvolver no corpo do indivíduo sem apresentar sintomas que possam identificá-la.

Apesar de ser silenciosa, existem alguns sinais que podem surgir quando a doença está mais avançada, como o sangramento nas fezes, alteração do hábito intestinal, bem como diarreia ou prisão de ventre fora do esperado, dor ou desconforto abdominal, sensação de que o intestino não esvazia completamente, fraqueza, perda de peso sem causa aparente, alteração na forma das fezes que podem ser muito finas e compridas.

A descoberta, muitas vezes, se dá por exame de rastreamento, que pode ser realizado por meio de pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia. A indicação do médico é que o exame de colonoscopia de rastreio comece aos 45 anos de idade, no caso dos pacientes que não possuem fatores de risco para a doença.

Além disso, o ideal é que seja realizada a cada cinco anos, independente do diagnóstico. Para aqueles que têm histórico familiar com parentes de primeiro grau, o início dos exames deve ser a partir dos 40 anos ou 10 anos antes da idade do parente mais novo que teve este tumor.

O médico salienta que a colonoscopia não é um simples exame diagnóstico, mas também é um procedimento terapêutico que ao retirar os pólipos é capaz de evitar o aparecimento do câncer. 

O câncer de intestino é tratável e, na maioria dos casos, quando detectado precocemente, quando ainda se apresenta em estágios iniciais, sem disseminação para outros órgãos, tem cura. O tratamento pode ser feito a partir de procedimentos cirúrgicos, complementados com  quimioterapia e radioterapia, segundo Helio Borges.

Alimentação

Como a doença está associada aos hábitos de vida, a alimentação pode prevenir contra o câncer colorretal, de acordo com o oncologista. “Alimentos como frutas, legumes e verduras têm efeito protetor. Uma alimentação rica em fibras, incluindo cereais e grãos integrais, também contribui para a prevenção do câncer colorretal”, destaca.

Enquanto alerta para o estilo de vida, o médico lembra também que o câncer de intestino está relacionado com o uso do tabagismo e com a ausência de atividade física. No caso da atividade física, a recomendação é que o indivíduo faça pelo menos 150 minutos de exercícios físicos de forma moderada durante a semana. “De fato, a mudança do estilo de vida tem impacto em prevenir o aparecimento dessa doença tão prevalente”, reitera.

O oncologista clínico Gabriel Felipe Santiago, acrescenta que a obesidade também é um fator de risco para o câncer, ficando atrás apenas do tabagismo. “A associação do sobrepeso e da obesidade com a incidência de câncer é estimada em 7,8%”, afirma o médico.

Isso porque o excesso de gordura corporal inflama o organismo e aumenta os níveis de hormônios que provocam o crescimento desordenado de células cancerígenas. “Daí o alerta no controle de peso, uma vez que a obesidade aumenta as chances de a pessoa desenvolver algum tipo de câncer”, pontua o médico, ao afirmar que os tipos de câncer ligados à obesidade são tumores de mama, endométrio, próstata e intestino.

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