Festival SESI de Educação atraiu mais de 2 mil estudantes em competições de robótica
Com entrada gratuita, o evento permaneceu aberto ao público durante três dias, oferecendo oportunidades de aprendizado prático através de diversas oficinas ‘maker’
Brasília sediou, neste último fim de semana, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, o Festival SESI de Educação. O evento, promovido pelo Serviço Social da Indústria, reuniu mais de 2 mil estudantes em competições de robótica, classificatórias para o mundial nos Estados Unidos, em abril.
No amplo espaço de 30 mil m², o festival, que está em sua 11ª edição, destacou projetos de inovação relacionados ao universo das artes. O Pavilhão de Exposições foi transformado em palco para talentos, tecnologias, inovação e diversão.
Com áreas dedicadas a competições e treinos de Fórmula 1, além de três arenas de competição e treino equipadas com telão, arquibancadas e cronômetro, o evento propôs desafios de robótica adaptados à idade e porte dos competidores. Modalidades como protótipos de carros de Fórmula 1 em miniatura, robôs pequenos com peças de montar, e robôs gigantes de até 1,2 metro de altura animaram os espectadores.
Ao longo de dois dias, o Festival atraiu mais de 2,5 mil estudantes de 9 a 19 anos, representando escolas públicas e privadas de todas as regiões do país, incluindo a rede Sesi e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Os participantes competiram em 265 equipes na etapa nacional, visando a classificação para o mundial de robótica em Houston, nos Estados Unidos, em abril.
O superintendente nacional de Educação do SESI, Wisley João Pereira, ressaltou a importância da inovação educacional para impulsionar o país. Segundo ele, preparar as crianças e adolescentes para as habilidades exigidas pelo mundo do trabalho, como resolução de problemas, criatividade e trabalho em equipe, é fundamental para a revolução industrial e tecnológica no Brasil.
Entre os competidores, Luca Carvalho, estudante de 17 anos de Novo Hamburgo (RS), destacou a magia da competição e o aprendizado valioso em tecnologia, programação e engenharia. Com planos de se tornar engenheiro de computação, ele enfatizou a dedicação e o espírito competitivo que moldam o futuro desses jovens talentosos.
Dois dias antes do início das competições, os estudantes tiveram a oportunidade de testar seus robôs e simular as missões que geraram pontuações cruciais durante as disputas. O confronto cara a cara, ou melhor, comando a comando nos controles remotos dos adversários, demanda precisão para alcançar a vitória.
Vinícius Lacerda, supervisor de arena da First Robotics Competition (FRC), revela sua experiência desde 2019 e destaca a importância da competição. “Eu acho que essa competição muda a vida de todo mundo que participa dela, seja pela competição, seja por tudo que se aprende”.
Leonardo Miranda, líder da equipe Tech Zeus de Barbacena (MG), demonstra confiança durante os testes do robô. “Estou confiante de que nosso robô vai ter um bom desempenho”. Com rounds de treino realizados, os participantes agora se preparam para os momentos decisivos na arena, ansiosos para mostrar o resultado de meses de dedicação e aprimoramento tecnológico.
O professor Luís Ricardo Pierobon, juiz de arena do torneio nacional, destacou a importância do evento para o desenvolvimento de crianças e jovens.
“Eles estão pensando diferente, estão aqui investindo no futuro. E acho que a principal função desse tipo de evento não é só procurar novos talentos, mas incentivar os novos talentos, além de trazer a comunidade para admirar o que eles são capazes de fazer e o que eles podem produzir”, afirma.
Enquanto os combates aconteciam no centro das atenções, as arquibancadas vibravam com torcidas animadas. Familiares, amigos e entusiastas da robótica, inclusive aqueles fantasiados de Cosplay, formaram um coro empolgante. O evento não se limitou à competição, proporcionando uma experiência interativa ao público com instalações do museu do Sesi Lab, estimulando o contato direto com a tecnologia.
Com entrada gratuita, o festival permaneceu aberto ao público durante três dias, oferecendo oportunidades de aprendizado prático. Visitantes puderam participar de diversas oficinas ‘maker’, fabricando robôs, broches de luz, carrinhos a motor, entre outros. A proposta visa não apenas à disseminação do conhecimento tecnológico, mas também à promoção do aprendizado ativo.